sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Veja a repercussão das manifestações em Altamira pela imprensa

No Jornal Amazônia

Coluna de Adenirson Lage

Manifestações em Altamira

n Em Altamira, o grupo retido pelo Acampamento Xingu 2011 - Despertar para novos tempos, que tomou a sede do Incra no dia 31, foi liberado ontem e a sede desocupada logo a seguir. Os manifestantes caminharam pelas ruas do município e fizeram dois protestos: em frente à Funai e ao Ibama, onde queimaram caixões.

n Na terça próxima, lideranças do movimento se reunirão em Brasília, com os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria da Presidência) e Mirian Belchior (Planejamento), para discutir a pauta de reivindicações. O deputado Aírton Faleiro (PT), que ficou refém no Incra, intermedia as negociações e também irá a Brasília.


No jornal diário do Pará

Coluna Repórter Diário

Nos protestos de rua ontem em Altamira ontem os ocupantes do Acampamento Xingu 2011 queimaram dois caixões na frente de órgãos que eles consideram inimigos das causas fundiárias. A Funai, que não demarca as reservas e o Ibama, que só faz multar.



No jornal O Liberal

Liberados retidos no Incra

Trabalhadores rurais que invadiram a sede do órgão em altamira resolveram pôr fim ao protesto de 3 dias

Por volta de 9 horas de ontem foram liberados os últimos retidos por membros do Acampamento Xingu 2011, que ocupavam desde o último dia 28 a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Altamira, a 900 km de Belém. Os representantes de 15 entidades dos eixos da Transamazônica e Xingu que paralisaram por três dias os trabalhos no órgão, aceitaram pôr fim ao protesto após conseguirem, com a mediação do Partido dos Trabalhadores (PT), uma reunião com o ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e com a ministra Miriam Belchior, do Planejamento. O encontro será na próxima terça-feira, 6, às 10 horas, em Brasília.

Foram liberados na manhã de ontem Joannes Eck, representante da Casa Civil da Presidência da República; Paulo Guilherme, representante do Ministério do Meio Ambiente no município; Francisco Carneiro, superintendente do Incra em Santarém, e Aliomar Arapiraca, representante do governo federal para o Consórcio Belo Monte.

De acordo com o coordenador do movimento, João Batista Uchôa, vão participar da audiência com os ministros, os dirigentes da Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Pará (Fetagri) e mais 13 sindicatos de trabalhadores da zona rural paraense. "Mais de 15 mil famílias estão fora das áreas de assentamento. Entre as questões mais importantes que nós vamos discutir estão a ampliação da abrangência dos projetos e da infraestrutura deles, com ênfase na pavimentação das estradas vicinais do Estado para o escoamento da produção", destaca.

João Batista observa ainda que com a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, o governo deveria fortalecer a produção agrícola local, para evitar os gastos da população, que está em crescimento, com alimentos importados de outros Estados. "Mas o que ocorre é justamente ao contrário. As licenças ambientais demoram a ser emitidas. Com a fiscalização rigorosa, o agricultor que não consegue se regularizar é penalizado com as multas aplicadas pelo Ibama", relata a liderança local.

O representante do movimento afirmou, contudo, que se as reivindicações dos agricultores não forem atendidas, serão reiniciadas as manifestações em Altamira.

Os cerca de três mil manifestantes bloquearam a rodovia BR-230 na última quarta-feira para reclamar da paralisação do Luz para Todos. A pista foi desobstruída somente quando as lideranças Acampamento Xingu se reuniram com o diretor nacional do programa do governo federal, Aurélio Pavanni Farias. Após o encontro, seguiram em passeata, ocuparam as dependências do Incra, e impediram a entrada ou a saída das pessoas que estavam ali. Os protestos fazem parte de uma série de eventos programados em alusão aos 20 anos de movimentos populares na região Transamazônica.

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