sexta-feira, 22 de julho de 2011

Repercussão do lançamento das frentes Pró Carajás e Pró Tapajós no jornal Diário do Pará

Começam as campanhas a favor e contra a divisão

Muito verde e amarelo, sinal de positivo com o polegar e uma música em ritmo sertanejo que fala de esperança, emancipação e família. Com as digitais do marqueteiro baiano Duda Mendonça, deputados estaduais e federais que defendem a criação dos Estados de Carajás e do Tapajós apresentaram ontem as primeiras peças da campanha pela emancipação das duas regiões. As frentes vão trabalhar em conjunto e o responsável pela estratégia de comunicação que levou Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto será o responsável pela criação das peças. Duda Mendonça disse que não cobrará pelos serviços.

Ao longo de todo o evento, em Belém, os separatistas evitaram os termos divisão e separação. Um dos trechos do jingle que tem letra do próprio Duda Mendonça fala em “um só coração” e em crescer com “um ajudando o outro”. Não por acaso, o mote da campanha será “diga sim aos três Estados, diga sim a essa união”.

O alvo preferencial das mensagens são os eleitores da área que, em caso de divisão, será o Pará remanescente. É nessa região com maioria absoluta da população, que a medida encontra maior resistência.

Além das peças publicitárias, os separatistas apresentaram um estudo coordenado pelo economista Célio Costa. O trabalho não só aposta na viabilidade dos novos Estados, como apresenta dados para convencer de que a separação levará resultados positivos para área remanescente. “O que estamos propondo é desconcentrar a economia do país e a demografia”, disse Costa durante apresentação feita aos jornalistas.

O economista fez comparações entre o Pará e os Estados do Mato Grosso e Goiás que também passaram por processo de separação para dar lugar ao Mato Grosso do Sul e Tocantins, respectivamente.

ELEIÇÃO

No dia 11 de dezembro, os paraenses deverão ir às urnas dizer se desejam a divisão do Pará para criação dos Estados do Tapajós e de Carajás. A formação das frentes está prevista na resolução do Tribunal Superior Eleitoral que regulamenta a o plebiscito. Elas ficarão responsáveis pela arrecadação de recursos e pela coordenação das campanhas.

Sete dos 17 deputados federais do Pará e 18 dos 41 estaduais já estão engajados nas duas frentes que trabalharão pela separação. A campanha começa oficialmente no dia 13 de setembro e, a partir de 11 de novembro, as frentes terão espaço para divulgar as propostas em horário eleitoral gratuito no rádio e TV.

O prazo para registro das frentes termina no dia 2 de setembro. Como ainda há dúvidas sobre detalhes da campanha, será realizada uma audiência pública no próximo dia 5 na sede do Tribunal Regional Eleitoral em Brasília.

LANÇAMENTO

Após o lançamento em Belém, os deputados e o marqueteiro Duda Mendonça seguiram para Santarém, cotada para ser capital do Estado do Tapajós onde houve um evento à tarde. À noite, o lançamento foi em Marabá, apontada como provável capital do Estado de Carajás.

Frentes Pró Carajás e Pró Tapajós são lançadas com a presença de Duda Mendonça

Veja a repercussão do lançamento das Frentes no jornal Amazônia.

As Frentes Parlamentares Pró-Carajás e Tapajós apresentaram, os primeiros produtos da campanha publicitária em defesa da divisão do Pará. O marqueteiro Duda Mendonça acredita que dez minutos de vídeo é muito tempo para o programa na TV. Ele apresentou um jingle nos moldes do produzido para as campanhas de Lula e da presidente Dilma Roussef (PT).

O lançamento das frentes parlamentares ocorreu no Hotel Hilton, em Belém, com a participação dos deputados Giovanni Queiroz (PDT), Lira Maia, Bernadete Ten Caten (PT), João Salame (PPS), Airton Faleiro (PT) e Zequinha Marinho (PSC), além de prefeitos das regiões que podem vir a ser separadas do Pará.

Na ocasião, o marqueteiro Duda Mendonça apresentou as primeiras peças publicitárias que serão utilizadas durante a campanha eleitoral, no segundo semestre. O publicitário disse que os produtos ainda poderão ser alterados, mas eles já trazem algumas definições acertadas com os organizadores do grupo separatista.

Por recomendação da frente parlamentar, as peças evitarão o termo divisão. A abordagem escolhida foi a da união dos Estados, tanto os novos como o remanescente, e das perspectivas de melhorias dos serviços públicos prestados para quem ficará no Pará e para quem se desligará do Estado. Também foi posto que as críticas feitas pelos contrários à divisão serão tratadas como mitos. Para sustentar essa tese, foi encomendado um estudo sobre as condições financeiras e infraestruturais dos três Estados que apontam a viabilidade tanto do Pará quanto de Carajás e Tapajós.

Segundo o economista Célio Costa, o custo da instalação da máquina pública em Carajás não pode ser considerado caro porque representará investimento em serviços melhores de ensino, saúde e segurança, por exemplo, e será compensado no futuro com a possibilidade de crescimento econômico da região. A estimativa é que sejam necessários R$ 3 bilhões para criar a infraestrutura básica no novo Estado. Feitas as contas da arrecadação, Carajás aparece com uma receita estimada em R$ 2,8 bilhões e uma despesa de R$ 1,8 bilhão. Sobraria, então, um superávit de R$ 919 mil.

Para Costa, essa conta desfaz o 'mito' de que Carajás nasceria deficitário e demonstra que o Estado pode ter uma trajetória parecida com a de Tocantins, Estado criado a partir de Goiás.

Cinco minutos seriam suficientes

Os dados marcarão a campanha pelo sim à divisão, mas Duda Mendonça acredita que as informações poderão ficar maçantes caso o tempo de TV seja de dez minutos. Ele acredita que a metade disso seria suficiente para dosar números e jingles como a apresentada ontem. O estilo é o sertanejo e as cores dos cartazes são o verde e o amarelo.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Integrantes das Frentes Parlamentares de criação do Tapajós e Carajás visitam veículos de comunicação de Belém

O objetivo da visita foi convidar oficialmente a imprensa de Belém para o café da manhã que acontece nesta quinta-feira com a presença do publicitário Duda Mendonça.

Aírton Faleiro fez parte da comitiva de deputados estaduais e federais que integram as Frentes Parlamentares Pró Criação do Estado do Tapajós e Pró Criação do Estado do Carajás e que cumpriram hoje uma agenda de visita às redações de rádio, TV e jornal. Pela Frente do Tapajós estavam os deputados estaduais, além de Faleiro, Alexandre Von (PSDB) e Antônio Rocha (PMDB) e o federal Lira maria (DEM). Pela Frente do Carajás estavam os estaduais Bernadete Ten Catten (PT), João Salame (PPS) e os federais Asdrúbal Bentes ((PMDB) e Giovani Queiroz (PDT) Também fizeram parte da comitiva o prefeito de pau Darco, Luciano Guedes, que também é presidente da Amat, o vereador de Santarém Reginaldo Campos e o coordenador do instituto Pró criação do Estado do Tapajós, Josenir Nascimento.

No jornal O Liberal o grupo, além de formalizar o convite às ORM, também foi entevistado pela reportagem. Na ocasião Salame - Pró Carajás- argumentou que a multiplicação da gestão (com a criação dos dois novos estados) vai permitir um avanço no desenvolvimento da nossa região. Contexto em que segundo ele vai beneficiar os três estado (o Pará remanescente, Carajás e Tapajós). Já Faleiro - Pró Tapajós - voltou a ressaltar que a decisão ficará com o eleitor, ou seja, a população e portanto é necessário dar subsídios, informações importantes e corretas a quem vai votar.

Questionados sobre a possíbilidade de o plebiscito ser estendido a todo o Brasil, o grupo afirmou que não há tal necessidade, uma vez que o Congresso Nacional, irá se posicionar.

Na TV SBT, a comitiva foi recepcionada pelo gerente regional, Milton Machado, pela chefe de Redação, Fabiana Cabral e pelo âncora do telejornal, Nyelsen Martins. Ao convidarem os profissionais do veículo a particpar do evento com Duda Mendonça e conhecer os argumentos para a criação dos dois estados, o grupo ouviu de Machado, que o SBT dará espaço igualitário a todos os lados e que a cobertura visará dar conhecimento e embasamento à população.

O grupo também esteve em audiência com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral - Seção Pará, Ricardo Nunes. (veja abaixo matéria sobre a visita veiculada no site do TRE). Já o deputado Faleiro visitou a Fundação Nazaré de Comunicação, onde além de convidar a rádio, jornal e TV que fazem parte da Fundação, foi entrevistado pelo radialista Vilson Reis.

No jornal O Diário do Pará, o grupo foi recebido pelo diretor Camilo Centeno, que em nome de todo o sistema - Jornal, TV, rádios e portal - afirmou que cumprirá seu papel de estar promovendo um debate democrático sobre o assunto e levando a informação correta à população. Nesta visita juntaram-se ao grupo o deputado federal Zequinha Marinho e o ex-vice governador do Pará, Odair Corrêa.

A comitiva finalizou a agenda na Tv Record, onde foi recebida pelo diretor de jornalismo Marcus Barreto e pela jornalista Andrèa Cunha. Na ocasião o prefeito Luciano Guedes, de Pau d´Arco, particpou de entrevista ao vivo na emissora.

FONTE: TRE PARÁ
Presidente do TRE-PA recebe frente pró divisão do Pará
20/07/2011 às 16:39:30
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Pará, desembargador Ricardo Nunes, recebeu, em seu gabinete, na tarde desta quarta-feira, deputados federais e estaduais das Frentes Carajás e Tapajós, favoráveis à divisão do Estado. Durante o encontro, os parlamentares manifestaram a preocupação com a isonomia do plebiscito e possíveis realizações de propaganda antecipada.

O presidente do TER-PA, Ricardo Nunes, explicou aos representantes das duas frentes, que o Tribunal se manterá imparcial durante a realização do pleito, marcado para acontecer no dia 11 de dezembro e que espera a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referentes às instruções para que possa orientar da melhor forma possível ambas as correntes partidárias à favor ou contra a divisão do Pará.
Participaram da audiência, os deputados federais Geovanni Queiroz, Zequinha Marinho, Zé Geraldo, Asdrúbal Bentes e os deputados estaduais Bernadete Tem Caten, José Megale, Antônio Rocha, entre outros.

Estado do Tapajós: Comitê em Belém será instalado hoje

Hoje estou em Belém, onde acompanho a agenda de visitas à veículos de comunicação da cidade e também ao Tribunal Regional eleitoral (TRE-PA).

Essa agenda faz parte da programação da instalação comitê Pró-estado do Tapajós e Carajás. Além de parlamentares, o publicitário Duda Mendonça também acompanha a comitiva.


Lançamento da Frente Parlamentar para criação dos estados do Tapajós e Carajás

AGENDA DE VISITAS – REDAÇÕES (Belém)

13h (JORNAL O LIBERAL)

14h30 – 15h00 (SBT)

15h30 (TRE)

16h30 (DIÁRIO DO PARÁ)

18h00 (TV RECORD – ENTREVISTA AO VIVO) Pará Record

terça-feira, 19 de julho de 2011

Lançamento da Frente Parlamentar para criação dos estados do Tapajós e Carajás contará com a presença do publicitário Duda Mendonça

Confira a programação em Belém, Santarém e Marabá:

20-07. Quarta feira

14h visita aos principais meios de comunicação em Belém

21-07. Quinta feira

8h. Lançamento da frente parlamentar Pro Estado do Carajás e Pro Estado do Tapajós com jornalistas e parlamentares, em Belém.

13h Almoço em Santarém - lançamento da frente parlamentar Pro Estado do Carajás e Pro Estado do Tapajós.

20h. Câmara Municipal de Marabá - lançamento da frente parlamentar Pro Estado do Carajás e Pro Estado do Tapajós.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

REALIZAÇÃO DO PLEBISCITO PARA CRIAÇÃO NO PARÁ DE DOIS NOVOS ESTADOS: CARAJÁS E TAPAJÓS

Socializando com todos os simpatizantes e militantes, o Diretório Estadual do PT Pará está divulgando as resoluções e cartas compromissos aprovadas durante o Encontro Estadual ocorrido nos dias 1º e 2 de junho passado em Belém, quando cerca de 500 delegados avaliaram e definiram os novos rumos do partido no Estado.

REALIZAÇÃO DO PLEBISCITO PARA CRIAÇÃO NO PARÁ DE DOIS NOVOS ESTADOS: CARAJÁS E TAPAJÓS

1. O Partido dos Trabalhadores posiciona-se politicamente em relação ao Plebiscito que cria dois novos estados no Pará, conforme aprovado em maio passado pelo do Congresso Nacional.

2. Em nosso manifesto de Fundação o PT afirmava “seu compromisso com a democracia plena e exercida diretamente pelas massas (...). O Partido dos Trabalhadores pretende que o povo decida o que fazer da riqueza produzida e dos recursos naturais do país”. Estivemos defendendo por todos estes anos, respeitando os princípios democráticos estabelecidos desde a origem do Partido. Nossa atuação tem sido a de respeitar sempre a opinião do povo.

3. Agora não poderia ser diferente, a conjuntura que levará a decisão de separação ou não do estado do Pará demonstra que vamos mais uma vez exercer o nosso espírito democrático: SOMOS A FAVOR A REALIZAÇÃO DO PLEBISCITO PARA A CRIAÇÃO DOS ESTADOS DO CARAJÁS E TAPAJÓS.

4. E, ainda dentro do espírito democrático que nos rege e na certeza de que aquilo que for decidido pelo plebiscito será o melhor para o Estado, o PT toma a decisão de liberar todos seus filiados e filiadas, dirigentes parlamentares para manifestar e defender suas idéias e opiniões em relação a criação de novos estado no Pará.

5. Destacamos que diversos fatores fizeram com que regiões do sul, sudeste e oeste pleiteassem a emancipação.

6. É compreendendo a diversidade do Pará, que o PT quando governou o Estado (2077-2010), na administração da companheira Ana Júlia, implementou um modelo de integração e desenvolvimento respaldando inteiramente as diversas regiões paraenses.

7. Regionalizamos as políticas públicas, promovendo a integração entre os municípios, um exemplo marcante dessa política foi a criação da Secretaria de Integração Regional (SEIR). O governo do PT no Estado agiu decididamente no que tange o repasse da saúde fundo a fundo às prefeituras. Estabeleceu um inusitado sistema
tecnológico no Estado, através do navega Pará. Atuou em diversas políticas específicas para a juventude, como o Bolsa Trabalho. Em termos de infraestrutura destacamos a ação do governo na Distribuição de patrulhas mecanizadas para todos os municípios, indistintamente. Estes são apenas alguns exemplos da atuação do PT no governo do Pará dentro da linha adotada para a maior integração possível das regiões.

8. Linha essa bem diferenciada da adotada por nossos adversários, que por longos anos estiveram a frente do governo estadual, retornando novamente no atual período do executivo com a mesma política. A centralização do poder decisório pelo governo dos tucanos é maquinalmente estabelecida para atender setores minoritários da sociedade, trazendo conseqüências seriíssimas para as populações que não estão inseridas nesses setores. Atitudes que demonstram a não preocupação da atual administração estadual com as demais regiões do Pará, favoreceram a insatisfação com o governo, levando, portanto, ao desejo da divisão territorial.

9. Nós do Partido dos Trabalhadores nos solidarizamos com as populações das regiões envolvidas no processo decisório, afirmando que acataremos todo e qualquer resultado, o que será manifestado de forma oficial através dos diretórios municipais das localidades em questão.

10. Diante do exposto, nós do Partido dos Trabalhadores do Pará ratificamos nosso apoio a realização do Plebiscito para criação de dois novos estados no Pará. Acreditamos na responsabilidade de nossas lideranças em levar o debate de forma aberta e democrática para a nossa militância e para a população em geral, reconhecendo que nossos dirigentes e lideranças conhecem o Pará e têm o direito de opinar sobre o futuro desse nosso imenso estado

COMPROMISSO DO PARTIDO DOS TRABALHADORES COM O POVO DO PARÁ

Socializando com todos os simpatizantes e militantes, o Diretório Estadual do PT Pará está divulgando as resoluções e cartas compromissos aprovadas durante o Encontro Estadual ocorrido nos dias 1º e 2 de junho passado em Belém, quando cerca de 500 delegados avaliaram e definiram os novos rumos do partido no Estado.

COMPROMISSO DO PARTIDO DOS TRABALHADORES COM O POVO DO PARÁ

1. “A mais importante lição que o trabalhador brasileiro aprendeu em suas lutas é a de que a democracia é uma conquista que, finalmente, ou se constrói pelas suas mãos ou não virá”. A frase impressa nas primeiras linhas do Manifesto de fundação Pró-PT, aprovado em fevereiro de 1980, representa bem a importante trajetória do Partido dos Trabalhadores na sociedade brasileira nestes 31 anos de existência.

2. O Manifesto dizia ainda: “o Partido dos Trabalhadores surge da necessidade sentida por milhões de brasileiros de intervir na vida social e política do país para transformá-la”. Não era evidentemente uma profecia, mas aquela certeza exposta já desde a origem do PT é hoje uma concretização, uma realidade que está transformando a vida de milhares de brasileiros e brasileiras.

3. O processo foi longo, mas nossa persistência foi maior. Muitos embates, muitos desafios, mas a certeza que chegaríamos lá nos revigorava e nos unia em torno do objetivo comum: lutar para garantir melhoria de vida de nosso povo. E assim continuamos. Desistir jamais, somos movidos pela energia da transformação social.

4. Com a garra de um desportista, nos utilizamos de tática, disciplina e perseverança para alcançar nosso objetivo. Não tivemos medo de ser feliz e conseguimos contemplar a história brasileira com ações concretas para melhor dignidade da vida humana. Devagar, bem devagar, fomos conseguindo mover sentimentos, os corações brasileiros foram se abrindo para nós e, conseguimos chegar ao ápice, no ponto de maior felicidade: a conquista do reconhecimento da sociedade. Valeu nosso esforço, mas nossa responsabilidade se tornou ainda maior.

5. Através da presença do PT em governos, parlamentos ou participando diretamente nos diversos segmentos sociais organizados, conseguimos mostrar nossos pensamentos, idéias, propostas e contribuir com o desenvolvimento de ações viáveis para cada situação. Fizemos muito, mas queremos fazer mais, precisamos avançar e fortalecer um projeto nacional que vem dado certo no Brasil e que está sendo encaminhado pelo Partido dos Trabalhadores.

6. Nesta etapa de projetar o futuro, quando almejamos garantir e ampliar os direitos sociais para a população, o PT se auto-avalia e busca fórmulas que levem para a maior extensão de seus objetivos, se utilizando, principalmente, de mecanismos que discutam seu papel na trajetória histórica e política brasileira. Repensar nossa responsabilidade para com o futuro do povo brasileiro e paraense é uma tarefa necessária.

7. Momento oportuno para rememorar novamente o Manifesto de fundação: “o PT quer atuar não apenas nos momentos das eleições, mas, principalmente, no dia-a-dia de todos os trabalhadores, pois só assim será possível construir uma nova forma de democracia, cujas raízes estejam nas organizações de base da sociedade e cujas decisões sejam tomadas pelas maiorias”.

8. Não há dúvidas que o PT contribuiu em larga escala para a construção de uma nova forma de democracia, como descrevia o texto do Manifesto. Registros históricos indicam que os momentos mais importantes para a democracia ocorreram nas ruas
com a participação geral dos cidadãos. O PT sempre foi um participante ativo dessas situações.

9. Eleger um operário para a presidência foi uma demonstração real da nova ordem política instaurada no país. A chegada de Luís Inácio Lula da Silva à Presidência da República iniciou um novo ciclo histórico para o Brasil, foi fruto de grande esforço coletivo, realizado, ao longo de décadas, por inúmeros democratas e lutadores sociais. Logo em seguida, depois de oito anos de sucesso, outro grande fato marca esse ciclo histórico: o PT elege a primeira mulher para a presidência da República. O projeto político liderado pelo PT demonstrou forte aceitação e enraizamento na sociedade. Orgulhosamente destacamos que o PT soube manter e aprofundar os seus compromissos com a classe trabalhadora.

10. Sem dúvida, a vitória da candidatura Dilma foi um salto qualitativo importante para a esquerda democrática e socialista no Brasil e na América Latina. Simbolicamente, a primeira mulher presidente da república significa um passo à frente na conquista de direitos, não só das mulheres, mas de todos os setores excluídos da sociedade.

11. Elogios a parte, mas a história comprova que o PT empreendeu uma verdadeira revolução nos oito últimos anos de governo no Brasil, quando tirou do estágio de miséria absoluta 27 milhões de pessoas, conseguindo levar ao mesmo tempo 36 milhões de pessoas para a classe média brasileira e gerar 15 milhões de empregos nesse período. No governo do PT o que parecia impossível acontecer no Brasil, aconteceu, como por exemplo, combinar crescimento econômico com inflação baixa, combinar aumento real de salários e manter a inflação controlada, manter uma política de exportação crescente e, ao mesmo tempo, uma política de fortalecimento do mercado interno brasileiro. Coisas que pareciam impossíveis o PT tornou possível para o bem da população.

12. O PT desenvolveu em seu governo programas que atenderam a classe mais pobre da população, como o Bolsa Família, Luz para Todos, programas específicos para agricultores familiares e outros setores. O PT realizou no governo políticas públicas que até então não eram realizadas e não estavam previstas no cenário político nacional. É possível compreender o que aconteceu no Brasil a partir do governo Lula quando houve uma mudança de comportamento do povo, houve aumento extraordiário da auto-estima, o povo começou a levantar a cabeça.

13. Do ponto de vista da política social, o PT, através do presidente lula, promoveu a inclusão social de milhões de brasileiros e brasileiras. Os governos do PSDB apresentaram o mercado ao povo brasileiro, o Governo do PT, apresentou o povo brasileiro ao mercado. Temos clareza, porém que esta inclusão precisa ser concluída, pois “país rico é país sem pobreza”.

14. Fizemos muito, mas ainda temos muito a fazer, devemos lutar para o aprofundamento das reformas iniciadas nos dois mandatos de LULA, que possibilitem mudanças estruturais no país. Primeiro, implementar uma reforma política que garanta o financiamento público de campanha de modo a superar a nefasta influência do capital privado nas campanhas eleitorais, que tanto prejuízo trouxe ao sistema político brasileiro, atingindo inclusive o PT. Segundo, devemos lutar para a realização
de uma ampla reforma tributária de modo a implantar os projetos de lei do PT sobre a taxação de grandes fortunas e o limite de remessas de lucro para o exterior. Terceiro, uma reforma no sistema de comunicação do país, de modo a democratizar radicalmente o acesso, circulação e produção da comunicação em todos os meios, sejam eles de rádio, televisão e internet.

13. Em outros níveis de governos o PT tem mostrado igualmente a disposição em desenvolver políticas públicas voltadas para o interesse da população. No Pará, através de Ana Júlia, o PT realizou políticas públicas importantes, deixando um legado de realizações em diversas áreas.

14. Em quatro anos, aumentamos o tamanho da economia, criamos oportunidades e distribuímos renda. Tornamos o Pará mais competitivo, reduzindo custos de produção e escoamento, e agregamos ciência e tecnologia a produtos e processos. Destravamos a economia, enredada em problemas fundiários, ambientais e de infraestrutura, e reduzimos déficits históricos em saneamento, habitação, agricultura, transportes e inclusão digital.

15. O novo modelo adotado pelo PT no governo do Pará incorporou reivindicações históricas do movimento social ao investir, de forma articulada, em áreas estratégicas para benefício do povo, como moradia e saneamento, sempre em cooperação e em diálogo direto com a sociedade civil organizada, desde sindicatos de trabalhadores à Federação das Indústrias.

16. Criamos condições para atrair empresas, desenvolver novos produtos, aumentar o mercado consumidor e qualificar mão de obra, para que no médio e longo prazo o Estado mudasse de patamar, sem descuidar do imediato e urgente, como as áreas da saúde e da segurança.

17. O setor mineral projeta investir no Pará mais de R$ 60 bilhões entre 2007 e 2014; e o governo federal tira do papel algumas reivindicações antigas do povo paraense, como as eclusas de Tucuruí, a hidrovia do Tocantins (no trecho Marabá-Barcarena) e o asfaltamento da Santarém-Cuiabá e da Transamazônica.

18. No governo estadual o PT conseguiu o desafio de fortalecer e ampliar, simultaneamente, três atributos: capital humano, capital social e capital fixo.

19. No ensino médio e fundamental, o governo focou na recuperação física das unidades escolares, em um novo currículo e na requalificação dos docentes. No ensino superior e na pós-graduação, ampliamos o alcance da Universidade do Estado do Pará (UEPA); garantimos a criação da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA); e encaminhamos o projeto da Universidade Federal do Sudeste do Pará, reunindo os campi existentes em quatro municípios.

20. Criamos no Para o programa Bolsa Trabalho, premiado pelo governo federal como prática modelar de gestão, ao custear a qualificação profissional de jovens pobres, capacitando mais de 70 mil deles para o trabalho e o empreendedorismo.

21. Realizamos também dezenas de conferências, com ribeirinhos, quilombolas, GLBT, entre outros segmentos, e asseguramos o controle social sobre as obras públicas,
exercido por comissões de fiscalização cujos integrantes foram eleitos de forma direta nas comunidades onde as ações são executadas.

22. Houve investimentos vultosos na distribuição de maquinas e equipamentos para os municípios, construção de casas, hospitais, abertura e recuperação de estradas, revitalização e ampliação de distritos industriais, na ação metrópole, além de obras de saneamento, melhorias e ampliação de portos e aeroportos, atraindo investimentos como as siderúrgicas Sinobras e a ALPA, em Marabá.

23. Nossa atuação no governo do Pará representou um novo momento histórico para o Estado, com avanços diretos que influenciaram a mudança de vida da população. Mesmo assim, dado o dinamismo dos processos democráticos, nosso projeto de desenvolvimento para o Pará está suspenso, mas nossos compromissos coma população paraense continuam firmes. Por isso estamos intensificando cada vez mais nossa preparação e ampliação do trabalho que pretendemos para o Pará, considerando ser o PT, uma das maiores forças políticas do Estado.

25. Estamos cientes do potencial de amplitude e o grau de responsabilidade que temos. Por isso estamos permanentemente nos renovando e aperfeiçoando, qualificando nossas estratégias políticas para a ampliação da atuação partidária no estado do Pará.

26. Nesse sentido apresentamos os objetivos do Partido dos Trabalhadores até 2015:
• Manter o partido dos trabalhadores como força política aglutinadora da esquerda, dos setores democráticos e pelo desenvolvimento sustentável, das organizações sociais e populares, e do desejo de mudanças do povo paraense;
• Voltar ao comando do estado e coloca-lo a serviço do projeto democrático e popular;
• Fortalecer a presença de petistas nas organizações sociais, ampliando e ou conquistando espaços nas frentes de lutas que ainda estamos frágeis;
• Consolidar e ampliar a presença do partido dos trabalhadores no executivo e parlamento municipais.
• Posicionar desde já nomes para cargos políticos em 2014, para que essas lideranças se tornem as principais referências na articulação política junto ao movimento social, na costura de 2012 e no processo de elaboração programática para 2014.

27. O processo de definição de nome será coordenado pela comissão executiva estadual tendo por base o debate acumulado no município e poderá ser concluído até 2013.

28. São novos desafios que encaramos com muita disposição e satisfação para a concretização política partidária num estado onde a população continua esperando melhoria de vida.

29. Continuar organizando, lutando e defendendo o direito e interesse do povo paraense, é o nosso compromisso.