sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Faleiro participa de evento em Altamira
De acordo com o presidente do Conselho, Dilermando Luiz, o evento é uma forma de homenagear pessoas ligadas ao setor, por meio de diplomação à personalidades que se destacam como ex-presidentes de entidades. Na ocasião foram diplomadas 180 pessoas.
O evento foi realizado na sede da Associação Independente I.
Dividir o Pará: Sim ou não?
Agenda na região do Xingu
Bom dia a todos e a todas!
AGENDA DO DEPUTADO PARA HOJE (por assessoria)
Na região do Xingu em debate plebiscitário.
Manhã - Anapu
Tarde - Pacajá
Noite - Novo Repartimento
Plebiscito: debate na RBA

Fonte: Diario do Pará
No começo do debate realizado nesta quinta-feira (1º) pela RBATV, os destaques foram os presidentes das frentes a favor e contra a criação do Carajás, deputados João Salame e Zenaldo Coutinho. O debate sobre os números do Fundo de Participação dos Estados (FPE) prevaleceu no início, inclusive, com Zenaldo Coutinho e João Salame se acusando mutuamente de propagação de mentiras. No segundo bloco, Joaquim Lira Maia acusou Celso Sabino da frente contra Tapajós de ter um discurso decorado contra a divisão. Mais uma vez a guerra de números prevaleceu nas acusações entre os debatedores. “Desde o tempo do Barata o PIB do Tapajós é o mesmo”, afirmou Maia.
Porém, Celso Sabino acusou as frentes do sim de só levarem em consideração os estudos do economista contratado por eles e de ignorar os dados que apontam a inviabilidade da criação de novos Estados.
Em seguida, Zenaldo Coutinho se refere à divisão como esquartejamento do Pará e os representantes das frentes do sim usam sucessivas comparações com a criação dos Estados Tocantins e Mato Grosso do Sul, criados, a partir da divisão do Mato Grosso e Goiás.
BASE
João Salame foi o mais enfático no discurso, inclusive, criticando a administração estadual, mesmo sendo aliado e integrante da base governista na Assembleia Legislativa. “Isso é uma vergonha o Estado não ter dinheiro pra pagar o piso salarial dos professores”, criticou e disse que a criação de novos Estados é a solução pra desenvolver os três Estados: Pará, Carajás e Tapajós.
“Não estamos preocupados com tamanho do Pará, estou preocupado com o tamanho dos problemas do Pará”, respondeu Lira Maia aos questionamentos de Celso Sabino. “Eles querem reduzir o Pará a 17% do seu território, tramado por meia dúzia de políticos”, rebateu Sabino. Porém, Maia disse que o discurso dos altos custos da máquina pública dos contrários à divisão é falácia e garantiu que no início do Estado do Tapajós a administração será feita em acampamentos.
O quarto bloco não diferiu dos três primeiros, com ambas as frentes repetindo as mesmas propostas à exaustão. Enquanto as frentes contra a divisão questionavam a toda hora de onde os separatistas tirariam recursos para viabilizar economicamente os Estados; os favoráveis à divisão acusavam os contrários à divisão de não apresentarem propostas concretas para resolver os graves problemas sociais e econômicos do Estado.
SANTARÉM
Sabino afirmou que o povo de Santarém devia estar “achando graça” de Maia. “O que o senhor, que já foi deputado e prefeito fez para melhorar a qualidade de vida do povo de Santarém? Como agora vem querer resolver todos os problemas do povo do Pará?. Na sua réplica, Maia disse que o que estava em debate não era Santarém. Segundo o santareno, “o que o povo quer saber são das propostas do não”. Na tréplica, Sabino afirmou que Maia estava agindo de má fé ao não apontar as fontes de recursos para financiar os novos Estados.
João Salame indagou a Zenaldo Coutinho que propostas tinha para resolver o déficit de policiais no Pará, apresentando a relação policial/habitante em cada município. Coutinho retrucou afirmando que a proposta do sim era “indecente” e que só beneficiaria alguns políticos e empresários, citando ainda a luta pela aprovação da taxa de R$ 6 nos minérios, a mudança da Lei Kandir e a união do povo paraense como propostas para ajudar o Pará.
Na réplica, Salame afirmou que quando a Lei Kandir foi aprovada Fernando Henrique Cardoso era presidente, Almir Gabriel governador e Zenaldo presidente da AL. “Aqui no Pará todos se calaram. Tudo enganação”. Na tréplica Coutinho repetiu todas as propostas anteriores e deixou claro que nunca foi a favor da Lei Kandir.
LINHA
Na sua vez de perguntar, Sabino indagou Maia sobre a linha agressiva dos programas do sim, que colocam o Pará como o pior lugar para se morar e mostravam paraenses sendo estapeados. Lira Maia afirmou que falar a verdade não é desrespeito. “Precisamos ser ousados e criar novos estados para ajudar a resolver os problemas que hoje existem”. Na tréplica Sabino citou o fato dos autores intelectuais do plebiscito serem senadores de outros Estados que respondem a processos no STF. Lira Maia treplicou reafirmando que o não dissemina o medo e não tem propostas.
Em seguida Coutinho indagou a Salame sobre o que achava de Simão Jatene. O deputado disse que sua questão com o governador não era pessoal e que respeitava Jatene, que considerou um homem de qualidades. “Infelizmente nesse plebiscito o governador se posicionou muito mal. Minha relação é de aliado do governo e não de submissão. Não sou puxa-saco”. Na réplica Coutinho disse estar feliz por Salame ter desmentido o teor do programa de TV apresentado na véspera e reconhecido as qualidades do governador. “O marqueteiro vai embora e nós vamos continuar aqui, continuando a construir o Pará”. Ao treplicar, Salame acusou Zenaldo de ter se calado contra a Lei Kandir.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nas considerações finais, os representantes de cada uma das frentes acharam ter dado seu recado e esclarecido o eleitor. “Se o Pará for dividido, só quem tem a perder é o povo, que deve lutar contra essa proposta absurda de dividir o Pará”, destacou Celso Sabino. Zenaldo Coutinho disse que todos acompanharam “as propostas falsas e indecentes” dos separatistas que “querem deixar um parazinho para nós”. Coutinho também citou o fato de João Salame ter elogiado o governador “pois foi sempre governo”.
Lira Maia disse representar o desejo do povo tapajônico que há mais de 150 anos luta pela sua emancipação. “Mais de 90% dos santarenos sequer conhece a capital e nossa proposta é para ajudar os pobres e dar mais oportunidade aos governantes para investir nos novos Estados”. João Salame criticou o fato do Não fazer “terrorismo” sem apresentar propostas para melhorar a saúde, educação e segurança. “Você que deu uma oportunidade ao Lula, dê uma oportunidade ao Sim. Tenha coragem e não vai se arrepender”, surpreendeu o deputado do PPS, que faz oposição ao governo Dilma.
Duelo de jingles e bandeiras
Dois grandes trios elétricos animaram os partidários do sim e do não que assistiram ao debate na avenida Almirante Barroso, em frente ao prédio do grupo RBA. Vestidos a caráter, com as cores do sim (verde e amarelo) e do não (vermelho e branco) e portando cartazes e bandeiras, eles travaram uma verdadeira batalha de jingles e bandeiradas. Os candidatos foram recebidos com muitos aplausos.
A metade da pista direita da Almirante Barroso, no sentido São Brás/Entroncamento ficou interditada. A chuva atrapalhou, mas não tirou o ânimo dos militantes, que assistiram a tudo por meio de dois grandes telões instalados na frente e ao lado do prédio, onde os grupos ficaram concentrados.
A cada manifestação dos representantes das frentes contra ou a favor dos estado de Carajás e Tapajós, eles eram aplaudidos ou vaiados. Nos intervalos do debate os ânimos se acirravam, mas a presença da polícia e a turma do deixa disso evitaram qualquer atrito entre os dois lados.
No final do debate, não houve maiores manifestação na saída dos representantes das frentes. O povo gostou.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Luz para Todos no Assurini é real
Pois bem, existem pessoas que há mais de 10 anos aguardam pela chegada de luz às suas residências. São famílias inteiras que esperavam ansiosas fazer parte do grupo de pessoas que pode tomar água gelada da geladeira ou conservar um alimento.
O programa Luz Para Todos, do Governo Federal, retornou à região da Transamazônica e Xingu depois de quase dois anos de paralisação. Muitos ainda desconfiam se realmente isso vai acontecer. Outros não escondiam o desejo de ter eletricidade em casa.
Pessoas choravam de alegria. Elas aguardavam ansiosas pela retomada de um projeto do governo federal que atendesse a zona rural de Altamira. A retomada das obras renovou a esperança.
Durante o lançamento do Luz Para Todos, famílias conheceram um pouco mais sobre o programa. O coordenador nacional do projeto, Aurélio Pavão, esteve presente no evento. Ele garantiu o cumprimento do benefício.
O diretor da concessionária responsável pelo programa no Pará, Álvaro Bressan, explicou porque começar com o Assurini, cruzando o Rio Xingu. Segundo ele, será um desafio colocar torres no rio.
Segundo Bressan, no Pará já foram mais de 320 mil famílias beneficiadas. Nesta nova fase, mais de 20 mil ligações serão feitas, desde que se tenha acesso rodoviário.
A conquista para os moradores da zona rural acontece depois do Acampamento Xingu 2011, promovido para celebrar 20 anos de movimentos populares na transamazônica e reivindicar políticas públicas para a região.
João Batista, coordenador da Fundação Viver Produzir e Preservar, (FVPP), se disse emocionado por ver melhorias acontecendo.
O deputado Airton Faleiro afirmou que esse é um dos melhores programas criados pelo governo Lula e continuado pela presidenta Dilma. Um dos maiores projetos de eletrificação do mundo.
Fonte: Edvaldo Leite (repórter Sistema de Comunicação Santa Teresinha, Altamira, Pará)
JN no Ar mostra a região do Tapajós para o Brasil
Santarém foi a segunda cidade a receber, ontem, a equipe da série JN no Ar, do "Jornal Nacional", que faz reportagens sobre o plebiscito de 11 de dezembro, no qual a população será consultada sobre a proposta de divisão do Pará em três, com a criação do Tapajós e do Carajás. A repórter Cristina Serra, que é paraense, disse que se candidatou a vir ao Pará porque conhece a realidade do Estado. Na matéria ela ressaltou a beleza natural da região do Tapajós, com paisagens exuberantes e belas, mas também destacou a carência de infraestrutura e de assistência em saúde para a população. O JN no Ar esteve anteontem em Marabá e hoje está em Belém para finalizar a série de reportagens. A reportagem sobre a capital será veiculada no JN desta quinta-feira.
Em Santarém, a equipe do JN no Ar foi recebida por manifestantes pró-criação do Tapajós. Na tarde de ontem também foi realizada uma passeata pelo novo Estado. Se criado, o Tapajós teria mais da metade da área do atual Pará, com 27 municípios, 1,2 milhão de habitantes e 15% da população atual do Pará. O PIB da região seria de quase R$ 6,5 bilhões, 11% do PIB do Pará.
TV - O deputado estadual João Salame (PPS), da Frente Pró-Carajás, foi entrevistado ontem no Jornal Liberal 2ª Edição, da TV Liberal. De acordo com o deputado, faz 25 anos que o Pará explora e exporta minério, mas a falta de gestão faz com que o Estado esteja no fundo do poço, sem dinheiro e sem infraestrutura das regiões de Carajás e Tapajós, cujas populações se sentem abandonadas. Ele acusou as frentes que são contra a divisão do Pará de mentir para a população, ora dizendo que o Estado é rico, ora dizendo que é pobre demais e que só unido poderá retomar o crescimento.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
ARTIGO SOBRE A CRIAÇÃO DE NOVOS ESTADOS ELABORADO PELA DOUTORA RAIMUNDA MONTEIRO, PARA A REVISTA TEORIA E DEBATE.
Anexos I
Terras Indígenas no Pará
Nome da Terra | Grupo Indígena | Município |
Andira-Marau | Satere-Mawe | Itaituba, Aveiro/PA |
Alto Rioz Guama | Tembe, Urubu-Kaapor,Timbira e Guaja | Paragominas, Nova Esperanca do Piria e Sta Lucia do Para |
Amanaye | Amanaye | Goianesia do Para |
Anambe | Anambe | Moju |
Apyterewa | Parakana | Altamira e Sao Felix do Xingu |
Arara | Arara | Medicilandia, Brasil Novo e Uruara |
AraweteIgarape Ipixuna | Arawete | Altamira,Sen. Jose Porfirio e São Felix do Xingu |
Badjonkore | Kayapo | Cumaru do Norte -Sao Felix do Xingu |
Bau | Menkranotire | Altamira |
Cachoeira Seca | Arara | Altamira, Uruara e Ruropolis |
Karaja Santana do Araguaia | Karaja | Santa Maria das Barreiras |
Kararao | Kararao | Altamira |
Kayabi | Kayaby, Apiaka e Munduruku | Jacareacanga(PA) e Apiacas (MT) |
Kayapo | Kayapo | Sao Felix do Xingu, Ourilandia do Norte, Cumuru do Norte e Tucuma |
Koatinemo | Assurini | Senador Jose Porfirio e Altamira |
Las Casas | Kayapo | Redencao |
Mae Maria | Gaviao | Bom Jesus do Tocantins |
Maranduba | Karaja | Santana do Araguaia |
Menkragnoti | Menkragnoti | Altamira, Sao Felix do Xingu, Peixoto de Azevedo e Matupa |
Munduruku | Munduruku | Jacareacanga |
Nhamunda/Mapuera | WaiWai e Hixkaryana | Nhamunda, Faro e Oriximina |
Nova Jacunda | Guarani MBya | Jacunda |
Pacaja | Asurini | Portel |
Panara | Panara | Guaranta do Norte e Altamira |
Paquicamba | Juruna | Vitoria do xingu |
Parakana | Parakana | Itupiranga e Novo Repartimento |
Parque do Tumucumaque | Apalai e Wayana | Almeirim, Oriximina, Obidos e Alenquer (PA) |
PimentalSaoLuis | Munduruku | Itaituba e Trairao |
Praia do Indio | Munduruku | Itaituba |
Praia do Mangue | Munduruku | Itaituba |
Rio Curua | Curuaya | Altamira |
Rio ParuDEste | Apalai e Wayana | Monte Alegre, Almeirim e Alenquer |
Sai-Cinza | Munduruku | Jacareacanga |
Sororo | Aikewar | Brejo Grande do Araguaia |
Tembe | Tembe | Tome-Acu |
Trincheira Bacaja | Xikrim, Arawete, Apyterewa e Assurini | Senador Jose Porfirio, Pacaja e Sao Felix do Xingu |
Trocara | Assurini | Tucurui |
Trombetas Mapuera | Wai-Wai e Karafawyna | Faro |
Ture/Mariquita | Tembe | Tome-Acu |
Ture/Mariquita II | Tembe | Tome-Acu |
Xikrin do Rio Catete | Xikrin | Paraupebas e Agua Azul do Norte |
Xipaya | Xipaia e Kuruaya | Altamira |
Zo'e | Zo'e | Obidos e Alenquer |
Fonte: Portal do Cidadão.