quinta-feira, 9 de junho de 2011

Muita fumaça nos olhos

OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA

 Quinta-feira, 09 de Junho de 2011 | ISSN 1519-7670 - Ano 16 - nº 645 - 07/06/2011

CIRCO DA NOTÍCIA

COBERTURA DO CASO PALOCCI

Por Carlos Brickmann em 06/06/2011 na edição 645

Como não disse Churchill, a notícia é algo tão precioso que precisa ser protegida por uma muralha de boatos. Coisas sem importância também ajudam.

Note: desde que a bomba foi detonada, com a notícia sobre o apartamento do ministro Antônio Palocci, não apareceu nenhuma informação nova, relevante, sobre o tema. Há boatos sobre as empresas que teriam contratado a consultoria do então deputado, mas confirmação, mesmo, só duas: a da empreiteira WTorre e a da Amil, empresa de convênios de saúde.

Comenta-se que Palocci teria recebido R$ 1 milhão para assessorar uma grande fusão de empresas; cochicha-se o nome de dois gigantes que se uniram, mas confirmação, nada.

Foi divulgada, como se fosse coisa relevante, a informação de que o piso do banheiro do apartamento comprado por Palocci é aquecido. O apartamento do centroavante Adriano também tem piso aquecido. Não chega a ser nenhuma inovação tecnológica, não chega a custar algo inacessível. E, num apartamento daquele preço, piso aquecido é tão normal como ar condicionado.

Outra informação que parece relevante, mas talvez não seja: o apartamento em que Palocci mora de aluguel pertence a uma empresa que, por sua vez, tem como proprietários pessoas muito pobres, com rendimentos mensais inferiores a R$ 800. OK, é esquisito; mas este colunista não conhece ninguém que, ao alugar um imóvel numa imobiliária, levante a ficha cadastral inteira dos proprietários.

Não teria lógica. Normalmente é a imobiliária que levanta o cadastro de quem quer alugar o imóvel e o leva ao proprietário, já analisado, para a decisão final. A informação só será relevante se for possível comprovar que o imóvel pertence efetivamente a alguém das relações do ministro, que para não aparecer usa oslaranjas. Mas isso até agora não entrou nas reportagens.

O resto é repercussão: o PT jogando Palocci às traças, o PMDB dando-lhe apoio (e muita especulação sobre os motivos que levam os peemedebistas a essa atitude), os possíveis substitutos do ministro. Os americanos perguntariam “where is the beef”, onde está a carne. E a gente só vê os acompanhamentos.

E que é que seria interessante descobrir? Primeiro, politicamente, quem disparou o tiro – só se sabe que é fogo amigo, com origem em áreas petistas que disputam o poder com Palocci. Segundo, quais os serviços oferecidos pela consultoria do deputado Palocci – menos por curiosidade, mais para certificar-se de que não se tratava de advocacia administrativa. Uma coisa é ensinar o caminho das pedras; outra é caminhar à frente, removendo obstáculos e atirando parte das pedras nos funcionários que insistirem, ô gente mais chata, em cumprir a lei. E, por pura curiosidade, por que o abrupto crescimento da receita da consultoria assim que se confirmou a vitória da candidata presidencial de Palocci e se consolidou a certeza de que ele seria novamente ministro, e dos fortes.

Claro, não pode ser uma explicação como aquela, de que os clientes que deixariam de receber os serviços contratados se apressaram em pagar o restante dos contratos. Essa é meio esquisita, meio fora de prumo. Se a empresa suspende suas atividades e por isso não entregará os serviços que combinou entregar, o normal é que o cliente suspenda o pagamento, em vez de antecipar-se e pagar tudo aquilo que comprou e não recebeu. É preciso pensar em algo mais bem elaborado (e que, definitivamente, não foi o lero-lero a que o ministro se dedicou na TV). A opinião pública pode até acreditar em alguma mentira, ou aceitá-la como mal menor, mas que não seja uma mentira tão grosseira que a faça sentir-se idiota.

O PARÁ NA MÍDIA NACIONAL

LEIA NA REVISTA CARTA CAPITAL

Polícia chama vítima de bandido para justificar crime

Clara Roman 9 de junho de 2011 às 9:54h

Na tentativa de abafar críticas em relação à atuação do governo no Pará no combate à criminalidade no campo, a Polícia Civil do estado divulgou nesta quinta-feira 9 que Marcos Gomes da Silva, agricultor assassinado em Eldorado dos Carajás (PA) há exatamente uma semana, era, na verdade, um criminoso morto por vingança. As investigações da polícia apontam que a vítima, na verdade, se chamava João Vieira dos Santos e que sua morte não se relacionava com os conflitos agrários relatados na região.

A descoberta, agora alardeada pela polícia local, foi feita após o delegado desconfiar de que a vítima possuía tatuagens “típicas de presidiários”.

Segundo as apurações policiais, alvo de críticas de movimentos sociais pela demora em resolver os crimes ocorridos na região no último mês, o assentado tem participação em um crime ocorrido em 2001, no Maranhão – quando um homem foi morto a pauladas por um grupo de seis pessoas num acerto de contas.

Gomes da Silva ficou preso até 2003, quando fugiu e passou a trabalhar como agricultor em Carajás, com o nome de Marcos Gomes da Silva em Carajás. A principal suspeita da polícia é que sua morte tenha sido fruto de vingança, por conta de seu crime no Maranhão.

Os executores estavam encapuzados, fato que tornou as investigações mais complexas. Líder e motorista da região levavam Santos, que já havia levado um tiro, para o hospital no momento em que foram emboscados. Os criminosos ordenaram que os acompanhantes fugissem para depois cometer o homicídio.

O corpo foi encontrado no dia seguinte, quando eles voltaram para o local.

Os conflitos agrários no estado entraram no noticiário do Brasil e no mundo depois que os extrativistas José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo foram assassinados em 24 de maio devido numa aparente emboscada.

O resultado do exame de perícia, divulgado na quarta-feira 8, aponta que o casal foi morto com tiros espingarda caseira e balas de chumbinho.

O retrato falado de dois suspeitos já foi ivulgados com base em relatos de pessoas que viram dois desconhecidos pedindo informações sobre o porto da cidade no lago Tucuruí, que leva ao município vizinho (Itupiranga).

Desde o episódio envolvendo os ambientalistas, o governo do Pará, administrado pelo tucano Simão Jatene desde o começo do ano, tenta minimizar as críticas pela condução das investigações – e também por não garantir a segurança de lideranças ameaçadas.

Na segunda-feira, em um texto que supostamente divulgaria dados da investigação sobre a morte do casal no site do governo foi usado para uma “peça literária” ressaltando as qualidades do secretário de Segurança Pública.

Suspeitos do crime

Nesta quinta-feira, a Polícia Civil do Pará informou que não ainda não divulgou nomes do principal suspeito da morte de José Cláudio e Maria Espírito Santo – como chegou a ser divulgado no dia anterior.

As investigações de fato já apontam pra uma pessoa, mas o nome ainda não pode ser divulgado. A polícia afirma que não tem conhecimento da procedência desses dados.

“Não foi dito em nenhuma entrevista pessoal nem nota coletiva pelo delegado encarregado”, diz o assessor de imprensa. “A gente até estranhou terem falado em fazendeiro, porque não existe nenhuma propriedade grande na região de Nova Ipixuna”, afirma

PCdoB pede federalização de crimes contra trabalhadores do campo

Blog Conversa Afiada


Jandira Feghali (PCdoB-RJ) ocupou a tribuna da Câmara, na tarde desta terça-feira, para defender a federalização dos delitos que envolvem trabalhadores do campo nos estados que não têm capacidade de punição. Segundo ela, não é preciso federalizar a apuração e o julgamento de todos os casos, mas apenas naquelas regiões em que se observem casos de impunidade.


A declaração foi feita durante a Comissão Geral sobre violência no campo, realizada nesta terça (07/06) no Plenário da Câmara. Ao iniciar sua intervenção, Jandira reverenciou os líderes camponeses, trabalhadores e pequenos produtores rurais que lutam para defender a terra e o desenvolvimento sustentável no país. A parlamentar afirmou que o problema agrário só será solucionado após intenso debate entre governo e sociedade. “A questão da propriedade da terra continua ocupar espaço central no debate e a reforma agrária ainda precisa ser efetivada no Brasil. Essa é uma expressão aguda da luta de classe que começou há muitos anos”, disse.


A deputada lembrou as dificuldades enfrentadas pelos parlamentares que pretenderam realizar alguma reforma, em especial a agrária. “Já fomos interrompidos até militarmente ao defendermos as reformas de base no passado. Essa não é uma discussão simples e superficial. Por isso, não sejamos ingênuos aqui”, ponderou.


Jandira homenageou os líderes que morreram e os que continuam resistindo na luta pela terra. “O meu partido, o PCdoB foi quem mais perdeu militantes em defesa da reforma agrária. Sem contabilizar os 70 companheiros assassinados pela ditadura no campo durante a simbólica luta do Araguaia”, lembrou.


A Parlamentar citou os nomes do ex-deputado comunista Paulo Fonteles, assassinado em Ananindeua na década 80, do sindicalista João Canuto, morto há 25 anos no Pará, e do líder camponês João Bosco, que chegou a levar a parlamentar até Tarauacá, Acre, para conhecer a realidade da região. “Em nome da direção nacional do PCdoB, pude ali presenciar a conivência do poder judiciário com os crimes que até hoje não foram punidos”, criticou.


Nos crimes ocorridos recentemente nos campos brasileiros, Jandira também lembrou que o partido perdeu mais um militante. Ela referia-se à Adelino Ramos, conhecido como Dinho, que teria denunciado madeireiros em Rondônia pouco antes de morrer. “E importante lembrar que o PCdoB não mantém conivência com qualquer legislação que proteja criminoso ambiental ou de latifúndio. Nosso partido defende a cadeia para esses criminosos e continuará a defender a reforma agrária no Brasil”, disse a deputada ao pedir que o governo para não contingenciar os recursos do setor na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), em tramitação no Congresso.


“É fundamental que a União possa assumir a criminalização desses assassinatos para não continuarmos a conviver com tamanha a impunidade cometida contras dirigentes sindicais rurais, religiosos, advogados e militantes de partidos de esquerda”, concluiu.


Ao deixar a tribuna, Jandira informou que pretende entrar com uma representação junto à Procuradoria Geral da República, solicitando uma providência junto ao Superior Tribunal de Justiça, para que os crimes sejam federalizados e investigados nas instâncias competentes

Anistia Internacional Cobra soluções do Brasil para violência no Campo


PLENÁRIO DEVE VOTAR PROJETO DA LDO


quarta-feira, 8 de junho de 2011

Uma eleição cheia de surpresas políticas e pautada pelos interesses locais

O candidato Alexandre Lunelli, do PT, venceu a eleição suplementar, realizada no último sábado,05, no município de Brasil Novo, no Oeste do Estado. Lunelli venceu o candidato José Carlos, do PSB.

Brasil Novo fica localizado na rodovia Transamazônica a 46 km de distância de Altamira no rumo de Itaituba.

Alexandre Lunelli havia sido derrotado nas eleições de 2008, por Carlos Caetano (PR),que,por muitos anos, pertenceu as fileiras do PSDB.

A derrota foi por uma diferença de apenas 86 votos. Alegando fraude eleitoral, Lunelli recorreu à Justiça Eleitoral com o argumento de que o candidato Carlos Caetano , havia comprado votos.

A justiça depois de obedecer aos tramites legais decidiu pela cassação do prefeito Carlos Caetano. Quem assumiu a prefeitura foi o vereador Lindomar Garcia, PTB, conhecido como Santos, que era o presidente da Câmara Municipal e que ficou encarregado de organizar as nova eleição.

Santos ficou no cargo de prefeito por até a conclusão dos seus dois anos de mandato como presidente da Câmara.

Eleita uma nova mesa Diretora da Câmara Municipal, que assumiu a prefeitura foi a vereadora Fátima, nova presidente da Câmara.

Neste período a Justiça eleitoral marca a data da nova eleição, para o dia 05 de junho deste ano.

Ai se inicia a costura política na busca da composição das chapas que concorriam ao pleito.

Ocorre a primeira surpresa

O então candidato a vice-prefeito, na chapa de Alexandre Lunelli, José Carlos, PSB, se apresenta como candidato a prefeito em outra chapa, desta vez na chapa contrária a Alexandre, de quem tinha sido candidato a vice no pleito anterior.

Para encurtar a história, se consolidam duas chapas. Uma encabeçada por Alexandre Lunelli ,do PT, tendo como vice o vereador Aurino Martins, do PMDB e outra, encabeçada por José Carlos,do PSB, tendo como vice Rogério Oliveira, do PSDB, representando o agrupamento do prefeito cassado Carlos Caetano.

Segunda surpresa

Como já mencionamos, a candidatura petista contou como vice em sua chapa o Vereador Aurino do PMDB, que contou com apoio do partido local, mas não contou em seu palanque com o principal cacique político do PMDB da região, Domingos Juvenil. Contrariando a deliberação do PMDB local, o deputado Ozório Juvenil, filho de Domingos juvenil, não só não foi ao palanque do do candidato de seu partido como foi no palanque do candidato adversário, Jose Carlos, PSB.

Terceira surpresa

A eleições em Brasil Novo não dividiu apenas as lideranças do PMDB. Um grupo do PSDB, (histórico adversário do PT) identificado politicamente com deputado federal, Wandenkoken Gonçalves, optou por apoiar Alexandre do PT e Aurino do PMDB.

Os tucanos locais se vestiram de vermelho e foram ás ruas pedir votos para o numero 13. Certamente o que moveu este gesto dos tucanos não foi uma aproximação ideológica com o PT, e sim uma espécie de vingança Á direção local do PSDB, que nas eleições de 2010 ao invés de apoiar Wandenkoken . DO PSDB.ez campanha para deputado federal para Lira Maia do DEM, que agora se encontrava no palanque do José Carlos.

Não sei se podemos configurar como surpresa, mas o certo é que diante do fraco desempenho de seu candidato, nas intenções de votos, o governador Simão Jatene não se fez presente no município para prestar o apoio anunciado ao candidato Zé Carlos.

A chapa composta por Alexandre e Aurino, em se tratando de alianças, contou ainda com o apoio do PDT e PV e extrapolou os limites partidários na medida em que contou em suas fileiras eleitorais com a maioria dos pastores evangélicos, igreja católica, comercio local e as organizações sociais historicamente ligados ao PT o que veio lhe consagrar uma vitória de tantos votos.

Alexandre Lunelli teve 5.210 dos votos válidos,ou 55,94% do eleitorado, contra 4.104, do segundo colocado, ou 44,06%.

Em seu discurso,o prefeito reprisou o que vinha falando durante a campanha, que a vitória era uma vitória da justiça e que vai servir de exemplo para outros pleito, como uma form a de deixar claro que comprar votos,além de ser crime, e deve ser banida da processo eleitoral.

Alexandre Lunelli disse ainda que a vitória dele representava o voto da esperança,já que o município se encontra em situação

Caótica, principalmente pela situação de inadimplência e a ausência de serviços básicos, que devem ser prestados às população.

Lunelli conclui pedindo solidariedade das autoridades e compreensão do povo, para com o município de Brasil Novo. Ele disse ainda que se sentia desafiado,para que, num prazo de um ano, e meio, que lhe resta de mandato como prefeito, possa iniciar as mudanças necessárias.

Mandado de segurança

O deputado Airton Faleiro, em nome da bancada do PT, apresentou ao deputado Martinho Carmona, do PMDB, e presidente da CFFO, uma questão de ordem, que pede que a Comissão tire as dúvidas com relação a obrigatoriedade de constar no projeto de Lei da LDO as metas administrativas.

A apresentação das metas na LDO está prevista no parágrafo terceiro do artigo 204, da Constituição Estadual.

“ Vamos aguardar uma definição até a próxima reunião em plenário e, se as metas não foram apresentadas, nós vamos entrar com um mandato de seguranças, na justiça”, disse Airton Faleiro e, se necessário, com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade.

O relatório da LDO vai agora para a discussão de emendas no plenário, provavelmente na sessão da próxima semana.

A Assembléia Legislativa do Pará aprovou, nesta terça-feira,08, projeto de Emenda Constitucional, número 01/2009

A Assembléia Legislativa do Pará aprovou, nesta terça-feira,08, projeto de Emenda Constitucional, número 01/2009, que modifica a redação do Art. 241, da Constituição do Pará. A nova redação determina que o Instituto de Terras do Pará (Iterpa) fica autorizado a proceder a titulação de terras até 1.500 hectares.

A nova redação deixa de fora a ação do do o Conselho Estadual de Política Agrícola, Agrária e Fundiária.

O novo texto garante que em áreas de 1.500 até o limite de 2.500 hectares, o processo de titulação terá de ser aprovado pela Assembléia Legislativa do Pará.

A redação anterior estabelecia que a concessão de título só poderia ser feita até o limite máximo de 2.500 hectares, respeitadas as seguintes normas, além de outras previstas em lei.

Área de até 100 hectares, mediante aprovação de órgão fundiário competente. Área de 100 até o limite de 500 hectares, teria que ser ouvido o Conselho Estadual de Política Agrícola, Agrária e Fundiária.

Ainda na redação anterior, estabelecida pela Constituição Estadual, áreas entre 500 e 1.500 hectares, só seriam aprovadas mediante aprovação prévia de um plano de exploração econômica pelo Conselho de Política Agrícola. Terras com entre 1.500 e 2.500, teriam licença autorizada pela Assembléia.

“ Nós conseguimos alguns avanços. Pela redação do projeto do deputado Márcio Miranda (DEM) estava previsto que o Estado, por meio do Iterpa, concederia títulos de terras até o limite máximo de 2.500 hectares, sem a autorização da Assembléia Legislativa e sem passar pelo Conselho Estadual. Além disso, tinha uma emenda substitutiva do deputado Fernando Coimbra, que permitia ao órgão competente, neste caso o Iterpa, a titular, provisoriamente, áreas acima de 2.500 hectares, que contraria a Constituição Federal”, disse Faleiro.

A redação aprovada pelos deputados foi o resultado de intensa articulação política. Ao final o líder do Governo, deputado Márcio Miranda, disse que “agradecia a bancada do Partido dos Trabalhadores pela forma como conduziu os debates resultando em um acordo em prol da regularização fundiária no Pará. Ele disse ainda que este é um processo que já vem desde a governadora Ana Júlia, que, em um projeto de Lei, autorizou a titulação de terras, pelo Estado, em até 100 hectares e que este benefício estava sendo ampliado com a emenda constitucional”.

O único voto contrário ao acordo foi do deputado do Psol, Edmilson Rodrigues.

Faleiro é campeão na apresentação de emendas à LDO

O deputado Airton Faleiro (PT), foi o campeão na apresentação de emendas ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que teve o relatório aprovado hoje pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (CFFO).

Airton apresentou 22 emendas, das quais, duas foram aprovadas.

A deputada petista Bernadete Ten Caten foi a parlamentar que teve o maior número de propostas aprovadas,nove, num total de dezessete. A bancada do Partido dos Trabalhadores teve uma emenda aprovada, de um total de sete apresentadas.

Milton Zimmer e Carlos Bordado, do PT, apresentaram três emendas e todas foram acatadas pela CFFO.

O deputado Chico da Pesca, que apresentou apenas uma emenda, não teve nenhuma aprovada.

Mandado de segurança

O deputado Airton Faleiro, em nome da bancada do PT, apresentou ao deputado Martinho Carmona, do PMDB, e presidente da CFFO, uma questão de ordem, que pede que a Comissão tire as dúvidas com relação a obrigatoriedade de constar no projeto de Lei da LDO as metas administrativas.

A apresentação das metas na LDO está prevista no parágrafo terceiro do artigo 204, da Constituição Estadual.

“ Vamos aguardar uma definição até a próxima reunião em plenário e, se as metas não foram apresentadas, nós vamos entrar com um mandato de seguranças, na justiça”, disse Airton Faleiro e, se necessário, com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade.

O relatório da LDO vai agora para a discussão de emendas no plenário, provavelmente na sessão da próxima semana.

Festa de Brasil Novo é Patrimônio Cultural e Imaterial do Pará



Por Assessoria de Comunicação

Projeto de Lei de autoria do deputado estadual Aírton Faleiro (PT) torna Patrimônio Cultural e Imaterial do Pará a Festa de Aniversário de Brasil Novo, realizada no mês de dezembro. O PL foi aprovado hoje, quarta, dia 08, pela Assembléia Legislativa.

Aniversário do Município - Durante a programação são realizadas a 1/4 de Maratona; Corrida Feminina; Corrida Mirim e Ciclismo, além de apresentações culturais. A data do aniversário é 13 de dezembro.

Histórico - O município de Brasil Novo nasceu em 1993, a partir de uma área desmembrada dos municípios de Medicilândia, Altamira e Porto de Moz. Através do famoso Slogan: “Terra sem homens, para homens sem terra”, essa área, na década de 70, teve uma povoação com base no Programa do Governo Federal de colonizar a Amazônia. Imigrantes de vários estados do país vieram para a região e trouxeram seus costumes, culturas, valores e organização social.

O município está situado no sudoeste paraense, sua sede está localizada às margens da rodovia Transamazônica, (BR-230) km 46, abrangendo ambas as margens dessa rodovia.

Saiu no Diário do Pará - Política A3 08/06/2011


TSE mantém diploma de Deputada - O Liberal, 08.06.2011

Clique na imagem para ampliar.

PT VENCE A ELIÇÃO SUPLEMENTAR NO MUNICIPIO DE BRASIL NOVO

Uma eleição cheia de surpresas políticas e pautada pelos interesses locais

O candidato Alexandre Lunelli, do PT, venceu a eleição suplementar, realizada no último sábado,05, no município de Brasil Novo, no Oeste do Estado. Lunelli venceu o candidato José Carlos, do PSB.

Brasil Novo fica localizado na rodovia Transamazônica a 46 km de distância de Altamira no rumo de Itaituba.

Alexandre Lunelli havia sido derrotado nas eleições de 2008, por Carlos Caetano (PR),que,por muitos anos, pertenceu as fileiras do PSDB.

A derrota foi por uma diferença de apenas 86 votos. Alegando fraude eleitoral, Linelli recorreu à Justiça Eleitoral com o argumento de que o candidato Carlos Caetano , havia comprado votos.

A justiça depois de obedecer aos tramites legais decidiu pela cassação do prefeito Carlos Caetano. Quem assumiu a prefeitura foi o vereador Lindomar Garcia, PTB, conhecido como Santos, Santos, do que era o presidente da Câmara Municipal e que ficou encarregado de organizar as nova eleição.

Santos ficou no cargo de prefeito por até a conclusão dos seus dois anos de mandato como presidente da Câmara.

Eleita uma nova mesa Diretora da Câmara Municipal, que assumiu a prefeitura foi a vereadora Fátima, a nova presidente da Câmara.

Neste período a Justiça eleitoral marca a data da nova eleição, para o dia 05 de junho deste ano.

Ai se inicia a costura política na busca da composição das chapas que concorriam ao pleito.

Ocorre a primeira surpresa

O então a candidato a vice-prefeito, na chapa de Alexandre Lunelli, José Carlos, PSB, se apresenta como candidato a prefeito em outra chapa, desta vez na chapa contrária a Alexandre, de quem tinha sido candidato a vice no pleito anterior.

Para encurtar a história, se consolidam duas chapas. Uma emcabeçada por Alexandre Lunelli ,do PT, tendo como vice o vereador Aurino Martins, do PMDB e outra, encabeçada por José Carlos,do PSB, tendo como vice Rogério Oliveira, do PSDB, representando o agrupamento do prefeito cassado Carlos Caetano.

Segunda surpresa

Como já mencionamos, a candidatura petista contou como vice em sua chapa o Vereador Aurino do PMDB, que contou com apoio do partido local, mas não contou em seu palanque com o principal cacique político do PMDB da região, Domingos Juvenil. Contrariando a deliberação do PMDB local, o deputado Ozório Juvenil, filho de Domingos juvenil, não só não foi ao palanque do do candidato de seu partido como foi no palanque do candidato adversário, Jose Carlos, PSB.

Terceira surpresa

A eleições em Brasil Novo não dividiu apenas as lideranças do PMDB. Um grupo do PSDB, (histórico adversário do PT) identificado politicamente com deputado federal, Wandenkoken Gonçalves, optou por apoiar Alexandre do PT e Aurino do PMDB.

Os tucanos locais se vestiram de vermelho e foram ás ruas pedir votos para o numero 13. Certamente o que moveu este gesto dos tucanos não foi uma aproximação ideológica com o PT, e sim uma espécie de vingança Á direção local do PSDB, que nas eleições de 2010 ao invés de apoiar Wandenkoken . DO PSDB.ez campanha para deputado federal para Lira Maia do DEM, que agora se encontrava no palanque do José Carlos.

Não sei se podemos configurar como surpresa, mas o certo é que diante do fraco desempenho de seu candidato, nas intenções de votos, o governador Simão Jatene não se fez presente no município para prestar o apoio anunciado ao candidato Zé Carlos.

A chapa composta por Alexandre e Aurino, em se tratando de alianças, contou ainda com o apoio do PDT e PV e extrapolou os limites partidários na medida em que contou em suas fileiras eleitorais com a maioria dos pastores evangélicos, igreja católica, comercio local e as organizações sociais historicamente ligados ao PT o que veio lhe consagrar uma vitória de tantos votos.

Alexandre Lunelli teve 5.210 dos votos válidos,ou 55,94% do eleitorado, contra 4.104, do segundo colocado, ou 44,06%.

Em seu discurso,o prefeito reprisou o que vinha falando durante a campanha, que a vitória era uma vitória da justiça e que vai servir de exemplo para outros pleito, como uma form a de deixar claro que comprar votos,além de ser crime, e deve ser banida da processo eleitoral.

Alexandre Lunelli disse ainda que a vitória dele representava o voto da esperança,já que o município se encontra em situação

Caótica, principalmente pela situação de inadimplência e a ausência de serviços básicos, que devem ser prestados às população.

Lunelli conclui pedindo solidariedade das autoridades e compreensão do povo, para com o município de Brasil Novo. Ele disse ainda que se sentia desafiado,para que, num prazo de um ano, e meio, que lhe resta de mandato como prefeito, possa iniciar as mudanças necessárias.