terça-feira, 29 de novembro de 2011

Leia e tire sua própria conclusão

A edição de hoje do jornal O Diário do Pará traz uma matéria sobre os governos Dilma Rousseff e Lula e o atual contexto social e político brasileiro.

A matéria, de uma tradicional e respeitada revista norte americana, traça um cenário positivo do Brasil.

No mesmo jornal a colunista da Folha de São Paulo, Eliane Cantanhêde, traça um cenário negativo do mesmo país.

Leia, forme sua opinião e pense em qual dos dois países, estamos vivendo.

Revista americana elogia Dilma, a'ungida', e o País

Balanço da 'The New Yorker' conclui que o 'pequeno' Brasil cresce mais que os 'gigantes' Estados Unidos e Europa, mas alerta para futuros desafios

RITA TAVARES, AGÊNCIA ESTADO (Diário do Pará de hoje)

Com uma analogia ao livro infantil As Viagens de Gulliver, que conta a disparidade entre uma terra de gigantes e outra de pequenos habitantes, o jornalista Nicholas Lemann abre o perfil da presidente Dilma Rousseff que a revista norte-americana The New Yorker publica na edição de dezembro. Nas 35 páginas de The Anointed (A Ungida, em tradução literal), o autor indaga como uma ex-política radical lidera o boom econômico brasileiro no momento em que a crise financeira internacional derruba os gigantes.

O artigo lista, de um lado, o que o Brasil (a terra dos pequenos habitantes) teria de positivo no momento: "orçamento equilibrado", "dívida pública baixa", "quase pleno emprego" e "baixa inflação". De outro, diz que o "crime é alto", "escolas são fracas", "estradas são ruins" e "portos mal funcionam". Mas, num balanço, conclui que o Brasil cresce mais que Estados Unidos e Europa (a terra dos gigantes); tem liberdade política (ao contrário da China) e está conseguindo reduzir a desigualdade social.

Apesar de Dilma ser a personagem principal, praticamente um terço do artigo (13 páginas) é dedicado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em torno de quem giraria a política do Brasil. A publicação pondera que Dilma nunca disputou um cargo antes da eleição presidencial. "Ela é presidente hoje graças a decisão de Lula de fazê-la presidente", afirma o texto.

O artigo traça um detalhado perfil de Lula, a partir de uma longa entrevista com o petista. Num trecho, Lula é indagado se pode vir a disputar novos mandatos. Em meio a muitas ponderações, diz: "Não existe isso de sair da política para sempre. Apenas a morte pode tirar um político da política para sempre".

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também é um dos entrevistados de Lemann. FHC lembra que Dilma o convidou a participar das festas em homenagem a Barack Obama, fala de seu desapontamento com o governo Lula e pondera as dificuldades que o governo Dilma terá pela frente.

Passado. No perfil, ele narra o passado de guerrilheira da presidente, lembra que ela foi torturada, mas pondera que ela não dá detalhes sobre esse passado. E destaca sua presença forte, fato que constatou quando a conheceu, em Brasília.

Em seguida, fala dos dois principais programas do governo. O primeiro, o Brasil Sem Miséria, de erradicação da miséria que, segundo a revista, segundo ele, é mais ambicioso do que o proposto pelo governo Lyndon Johnson em 1964. O segundo, batizado pelo jornalista como política industrial (em que ele inclui um conjunto de medidas, como a elevação das alíquotas do IOF, a política de incentivos a produtos nacionais, entre outras), é algo que Lemann diz que os EUA jamais considerariam, já que adota um viés protecionista da economia contra a concorrência externa.


Agora a coluna de Eliane Cantanhêde. Clique na imagem para ampliar.


Nenhum comentário:

Postar um comentário