quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O Liberal - Deputado quer explicações da PM e da Alepa

O deputado Edmilson
Rodrigues (PSol) cobrou do
presidente da Assembleia Legislativa
do Pará (Alepa) e do
comando da Polícia Militar
explicações sobre a denúncia
de envolvimento de policiais
militares no sumiço de 52
processos licitatórios da sede
do Legislativo. O caso está
sendo apurado pelo Ministério
Público Estadual.
O sumiço dos documentos
e a destruição de arquivos de
computador nos quais informações
administrativas eram
guardadas foram motivo de
cobranças feitas por Edmilson
no início deste mês, na tribuna.
A Procuradoria do Legislativo
informou que havia aberto
procedimento interno para
apurar os casos.
Esta semana, porém, novas
revelações colocaram a
Polícia Militar sob suspeita de
participação da retirada dos
documentos de dentro da sede
do Poder. Uma viatura da
Ronda Ostensiva Tática Metropolitana
(Rotam) esteve no
prédio no dia 28 de maio, um
sábado, e segundo denúncia,
era comandada por um policial
que já foi lotado no Gabinete
Militar da Alepa.
O policial é identificado
como um sargento. Além dele,
a denúncia cita dois coronéis
lotados na Casa Militar
da Alepa, que teriam participado
da operação de retirada
dos documentos.
“Cobro explicações do Co-
mando da PM e do governo
do Estado sobre a possível
participação de PMs no desaparecimento
das licitações
da Alepa. Quais os interesses
que estão por traz desse desaparecimento?
Onde foram
parar as licitações? “, destacou
Edmilson.
Diante do fato novo, o deputado
reiterou as críticas à falta
de medidas preventivas ao roubo
de provas dos atos de corrupção
que o MPE investiga e à
falta de transparência em relação
às medidas adotadas pela
administração da Casa para
afastar os servidores acusados
de participação em fraudes.
“No início desde mês, eu
questionei como isso (o sumiço
de documentos) pôde
acontecer, mesmo depois do
Ministério Público do Estado
determinar a esta Casa que as
licitações fossem acauteladas,
porque já se temia que esses
documentos fossem extraviados.
Não estamos falando de
documentos quaisquer, mas
de provas de crimes”, disse.
Para o deputado, essa situações,
junto com o episódio
protagonizado pela servidora
Daura Hage e uma equipe
da TV Liberal - a advogada
da servidora acusada de
corrupção tentou impedir o
trabalho dos repórteres -, se
reforça a ameaça à credibilidade
da instituição.
“Estamos infelizmente
diante de mais uma situação
nebulosa que põe em questão
a credibilidade deste Poder
Legislativo”, comentou ele,
ao concluir com mais uma
solicitação para que tenha
“acesso imediato a todas as
investigações que estariam
sendo realizadas, seja na forma
de sindicância ou de Procedimento
Administrativo
Disciplinar (PAD)”.
MUDANÇAS
Os deputados Carlos Bordalo
(PT) e Eliel Faustino (PR)
também reforçaram o discurso
por mudanças na forma de
gerenciamento da Alepa.
Bordalo reclamou de tratamento
diferenciado entre
os deputados e da dificuldade
enfrentada para saber dos
projetos que entrarão na pauta
do plenário. Também cobrou
a participação de todos
os deputados na definição de
como o orçamento da Alepa
deve ser gasto.
Faustino emendou que é
preciso calcular quanto custa
a manutenção do Legislativo
e qual o seu verdadeiro papel.
Para ele, só assim se dará uma
resposta às constantes notícias
de proteção a servidores
acusados de corrupção.

Nenhum comentário:

Postar um comentário