Acompanhei agora de manhã o julgamento dos três acusados da morte do sindicalista Bartolomeu Moraes da Silva, conhecido como Brasília, em 2002.
Vejam na foto, sentados no banco dos réus, Márcio Antonio Saraiva, o Márcio Cascavel, Juvenal Oliveira da Rocha, o Parazinho, e o fazendeiro Alexandre Manoel Trevisan, acusado de ser o mandante do crime.
Os acusados vão a Júri Popular, presidido pelo juiz Raimundo Moisés Alves Flexa, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Belém.
Pude constatar que a tese de defesa dos réus é a de que o crime foi motivado por divergências internas na Delegacia da Fetagri, presidida por Brasília.
Um absurdo. Quem conhece a realidade do distrito de Castelo dos Sonhos, no município de Altamira, marcada por grilagem de terra e devastação ambiental, sabe que o assassinato foi motivado por estes conflitos e não brigas internas.
Vejam também que estou acompanhado das duas testemunhas de acusação, Antonio Mendes e o radialista Douglas Araújo.
Fui ouvido pelos jornalistas que cobrem o julgamento. Á imprensa falei de minha atuação sindical com o Brasília e, principalmente, de nossa amizade.
Que seja feita a justiça.
Chega de mortes no campo. Segundo a Comissão Pastoral da Terra, nos últimos cinco anos, setenta pessoas já foram mortas pelos conflitos agrários.
Chega de impunidade.
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