Fonte: jornal Amazônia
Edição de 19/11/2011
Vindos de 27 municípios do Pará, Manifestantes ligados à fetagri pedem regularização e melhoria em assentamento
Trabalhadores rurais de 27 municípios do interior do Pará vieram a Belém, nesta semana, para fazer campanha e pressão pela regularização e melhoria de assentamentos rurais. Ontem pela manhã, pelo menos 1.200 agricultores, que fazem parte de sindicatos de trabalhadores rurais do interior do Estado, se concentraram na sede do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra) para cobrar assistência técnica em assentamentos rurais; em seguida, os manifestantes saíram em caminhada até a sede da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), onde exigiram a emissão de licenças ambientais.
Os representantes de sindicatos fazem parte da Federação dos Trabalhadores Rurais em Agricultura do Estado do Pará (Fetagri-PA) e elegeram a semana para reivindicar ações que já haviam sido acertadas anteriormente, de acordo com a Fetagri, há quatro meses, em reunião com esses órgãos. Anteontem, os agricultores tiveram audiência no Instituto de Terras do Pará (Iterpa) e exigiram a aceleração de processos de regularização fundiária nos 27 municípios, que ficam, principalmente, no Marajó e no nordeste paraense. Segundo a Fetagri, 142 sindicatos de trabalhadores rurais compõem a entidade.
Às 9h30 de ontem, após a marcha, representantes dos trabalhadores foram recebidos pelo superintendente regional do Incra, Elielson Pereira. Segundo o presidente da Fetagri, Carlos Augusto Santos Silva, havia dois pontos na pauta de reivindicações ao órgão federal. O primeiro exigia o aumento de recursos para assistência técnica nos assentamentos do interior e o segundo solicitava investimentos em reforma agrária. 'A licitação para contratar empresas de assistência técnica rural para os assentamentos tem um valor muito pequeno e cobre apenas 12% do total de famílias assentadas. No total, são cerca de 85 mil famílias nessas áreas. A licitação cobre apenas 12 mil famílias', explicou o presidente da Fetagri.
A segunda demanda, de acordo com Carlos Augusto, almejava o aumento do volume de dinheiro para a reforma agrária no Estado, sobretudo nas regiões do Marajó e do Nordeste do Estado, com 'apoio para infraestrutura, habitação e crédito nos assentamentos'. Os trabalhadores conseguiram uma audiência com o presidente do Incra, Celso Lisboa de Lacerda, que estará em Belém no próximo dia 30.
Por volta das 11h30, ao término da primeira audiência, a marcha se direcionou à sede da Sema para uma reunião que já estava pré-marcada com a titular da secretaria, Teresa Cativo. No órgão estadual, solicitaram a emissão de licenças ambientais para a criação de novos assentamentos. De acordo com a assessoria de imprensa da Sema, ao final da reunião, ficou marcada uma nova audiência, na próxima quarta-feira (23), para a continuação do debate das reivindicações.
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