Fonte: Portal ORM
Trinta dias se passaram após o início da greve dos professores da rede pública de ensino do Pará. Neste período, não foram poucas as tentativa de conciliação entre o Governo e os grevistas, porém, todas sem sucesso. Nesta quarta-feira (26), representantes do Sintepp (Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública) decidiram ocupar a Sead (Secretaria de Estado de Administração) para pressionar o governo a negociar o pagamento do piso. Uma comissão do Sintepp deve ser recebida no inicio da tarde de hoje pela secretaria de administração, Aline Viana.
De acordo com o Sintepp a intenção agora é radicalizar, já que todas as propostas oferecidas pelo governo não agradaram a categoria. Na semana passada representantes do sindicato reuniram com o governo, que apresentou uma proposta que aumentaria o piso salarial da categoria em um prazo de 24 meses. Os educadores recusaram. Ontem (25), o governo diminuiu esse prazo, passando para 12 meses, porém, os professores recusaram novamente.
'É um absurdo o governo aumentar o nosso piso em 12 meses. Ou seja, o piso só seria aumentado em janeiro de 2013. Hoje estamos tentando uma audiência no CIG (Centro Integrado de Governo) para ver se terminamos com esse impasse', frisa a coordenadora geral do sindicato, Conceição Holanda.
Para agenda do sindicato está programada uma assembleia geral com os professores na manhã desta quinta-feira (27). Nesta sexta (28) haverá mais uma audiência de reconciliação na Vara Civil.
Enquanto ainda há esse impasse entre a categoria e o governo, cerca de 800 mil alunos seguem prejudicados com a greve. A estudante do terceiro ano da Escola Visconde de Souza Franco, Alana Tavares, de 19 anos, faz parte deste grupo. Para ela, a greve dos professores não é válida para educação do estado.
'Não concordo com a greve, acredito que existem outras formas mais eficazes para se manifestar. No final, somos nós alunos que ficamos prejudicados. Antes da greve estávamos vendo assunto para o vestibular e para o ENEM. O conteúdo ficou pela metade, o Enem já passou, e ainda não vimos a matéria completa ', lamenta a aluna.
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