João Chupel Primo, 55 anos, sindicalista, liderança do Projeto de Assentamento Areia, município de Itaituba ( Oeste do Pará) é a mais nova vítima do latifúndio no estado.
Sem chance de defesa, Chupel foi covardemente atingido com um tiro na cabeça, na localidade de Miritituba ( Itaituba). A motivação do crime: o sindicalista acabara de denunciar, mais uma vez, a exploração ilegal de madeira dentro da Reserva Extrativista do Riozinho do Anfrísio, no rio Xingu.
Na última quinta feira (20), Chupel, e outros trabalhadores rurais estiveram em Altamira (Oeste), para pedir providencias as autoridades constituídas. No Ministério Público Federal, o sindicalista revelou que um grupo, formado por latifundiários tem entrado na Resex e na Floresta Nacional do Trairão e retirado grande quantidade de madeira de lei especialmente, Mogno.
A porta de entrada para a exploração ilegal usada pelos fazendeiros seria o projeto de assentamento.
Uma das pessoas, que conversou pela última vez com Chupel, em Altamira e prefere não ser identificada, disse que o sindicalista afirmou que nos últimos anos pelo menos 20 pessoas foram assassinadas na região do conflito, além de ribeirinhos e extrativistas estarem sendo expulsos de suas áreas pelos grupos ilegais.
Outras lideranças da região também sofrem ameaça de morte, entre elas está o sindicalista Raimundo Belmiro, que hoje só transita escoltado.
Segundo o procurador federal em Altamira, Claudio Terre do Amaral, responsável pelo caso, Chupel relatou que no ano de 2010, teria sido agredido fisicamente, apesar de não haver nenhuma ameaça iminente. Para o procurador, o assassinato provavelmente tem ligações com as denúncias feitas pelo sindicalista. O caso que está sendo tratado de forma institucional, já está com inquérito policial instaurado na Policia Federal, em Altamira Santarém e Belém.
Segundo o deputado Airton Faleiro o estado precisa tomar providencias com relação a essa situação, um ofício será formalizado ao secretário de segurança pública do estado, Luís Fernandes Rocha.
Por: Assessoria do mandato.
Texto : Iolanda Lopes.
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