Parabenizo a presidenta Dilma Rousseff e nesta oportunidade também parabenizo a todas as mulheres do nosso Brasil.
Nova York(AE)
A presidenta Dilma Rousseff participou ontem do lançamento da Parceria para Governo Aberto na condição de copresidente do programa, juntamente com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no hotel Waldorf Astoria, em Nova York. "Trata-se de importante instrumento para fortalecimento das nossas democracias. Congratulo-me com o presidente Obama por haver levantado esse tema", disse Dilma, sentada ao lado de Obama.
Dilma, com Obama, cita o portal da transparência em que os gastos públicos são colocados na internetDilma, com Obama, cita o portal da transparência em que os gastos públicos são colocados na internet
"O uso das redes digitais é essencial para promoção de governos mais transparentes e acessíveis aos cidadãos, para melhoria dos serviços públicos, de educação, saúde, segurança e meio ambiente Essas redes são importante instrumento para nosso objetivo de fortalecimento da democracia", afirmou Dilma, em discurso de pouco mais de sete minutos. "O Brasil endossa o plano de ação para governo aberto", completou.
O programa terá inicialmente a participação de 46 países e tem por objetivo possibilitar maior transparência dos governos. Dilma, ao final, informou que o Brasil irá de sediar o próximo encontro da Parceria para Governo Aberto, em 2012. Minutos antes do lançamento, Dilma e Obama tiveram encontro bilateral fechado no hotel, onde também a presidente está hospedada.
A presidenta citou avanços já feitos no Brasil nesse sentido, como o portal "Transparência Brasil" e o fato de a imprensa brasileira não sofrer nenhum tipo de constrangimento por parte do governo. "As convicções do governo nessa matéria são firmes e permanentes e deixei isso bem claro desde discurso de posse", disse. Segundo ela, seu governo está ciente da importância de se assegurar a prestação de contas, fiscalização e participação dos cidadãos. Ela citou ainda o projeto de ampliação ao acesso à banda larga.
A presidenta Dilma está em Nova York para a abertura da 66ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e desde de sua chegada, no último domingo, não concedeu nenhuma entrevista coletiva à imprensa, reforçando seu estilo "low profile" de governar.
Coube ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, fazer um relato da conversa de Dilma Rousseff com Barack Obama. Eles falaram sobre a "importância de coordenação sobre como lidar com o comércio internacional neste momento difícil" e os dois manifestaram preocupação com a piora no cenário externo, em especial na Europa. Dilma e Obama tiveram um encontro bilateral "breve", de menos de 30 minutos, no hotel Waldorf Astoria, em Nova York.
Segundo Patriota, ambos falaram da necessidade de se conversar de forma mais aprofundada sobre o tema antes do encontro do G-20, no início de novembro, em Cannes, na França. E Dilma lembrou que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, irá tratar do assunto com o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, esta semana, em Washington, onde participam do encontro de outono do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Patriota afirmou ainda que Obama convidou a presidenta para visitar os Estados Unidos no ano que vem e que os dois presidentes ressaltaram a importância de os dois países trabalharem juntos, especialmente num momento difícil para a economia mundial como o que se está vivendo hoje.
O ministro disse que os dois presidentes tiveram uma conversa curta sobre o mundo árabe, Líbia, mas não tocaram no assunto da Palestina.
"Dilma ressaltou a importância de que a etapa de apoio à Líbia se desenvolva no âmbito da ONU", afirmou o ministro. Questionado se Dilma falará sobre o apoio à Palestina no discurso de amanhã (21) de manhã na ONU, Patriota se limitou a responder: "Melhor aguardar até amanhã. Mas será um discurso histórico". Dilma será a primeira mulher a abrir uma Assembleia-Geral das Nações Unidas.
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