quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Rurópolis: Faleiro repudia na Alepa conduta de juiz



 Por assessoria

O deputado estadual Aírton Faleiro (PT) repercutiu na manhã desta quarta-feira, 06, no plenário da Assembléia Legislativa, a indignação com a conduta do juiz de Rurópolis, Gláucio Assad, que destituiu a mesa diretora da Câmara Municipal deste município e conduziu nova eleição, elegendo a chapa da base de governo do prefeito Pablo Genuíno, com o qual tem relação de parentesco. Faleiro protocolou na Casa moção de repúdio às atitudes do magistrado, ao mesmo tempo em que pede ao Legislativo que solicite providências sobre o caso junto ao Tribunal de Justiça e a remoção do juiz da comarca de Rurópolis.

 “Quero fazer uma denúncia porque o que está acontecendo em Rurópolis é uma aberração, tem eleição da câmara com duas chapas, uma chapa foi vencedora, a qual é empossada, passa o tempo e o juiz da cidade - que se declarou incapaz de conduzir o processo eleitoral porque é parente do prefeito - retorna ao município e destitui a mesa diretora. O juiz então vai para a Câmara, senta na cadeira que é do presidente do Poder e realiza a eleição da mesa diretora e dá posse a nova mesa”, disse.

Segundo o deputado a população se mostrou indignada com a situação e manifestou publicamente. “Quando o juiz foi realizar a sessão para a eleição da mesa, a população se reuniu e ocupou a Casa, o presidente destituído é quem interferiu impedindo que se houvesse uma situação pior”, enfatizou.


Faleiro protocolou moção de repúdio pela conduta do juiz Gláucio Assad e também vai encaminhar ofício pedindo a remoção do juiz do município. “Pois está claro que não vai atuar a favor da sociedade contra o gestor municipal que é seu parente”, afirmou. 

Também se pronunciando sobre assunto o deputado Valdir Ganzer (PT) também mostrou sua indignação com a situação política em Rurópolis. “O que aconteceu é muito grave, façamos essa reflexão, o juiz, que não conheço, se declarou que não podia acompanhar o processo eleitoral, tanto que foi para Uruará, por causa do parentesco. A mesa é eleita. Aí ele retorna à Rurópolis e argumenta que a chapa vencedora não respeitou a proporcionalidade. Ora só é possível respeitar a proporcionalidade quando é possível montar uma chapa consensual. E como é que o juiz acatou esse elemento, se havia uma outra chapa disputando a eleição. É como se aqui (Alepa) o PT e o PMDB reclamassem com o deputado Márcio, que venceu a eleição à presidência”, comparou.

Dois elementos graves também foram levantando pelos parlamentares no plenário: a de que uma vereadora, membro da chapa eleita em 1º de janeiro teve seu voto “comprado” no segundo pleito e a de que o juiz Assad não está cumprindo devidamente suas funções como magistrado, estando atuando mais em outro ofício. “Tentamos falar com o juiz, mas tivemos a informação de que ele quase não atua como juiz, sendo um “pescador profissional”, disparou Ganzer.

Faleiro enumerou os erros Gláucio Assad. “O juiz cometeu graves erros, primeiro, erro de mérito, por conta dos motivos para a destituição da mesa. Todos os motivos não têm lógica. Além disso montou uma articulação de formação de uma chapa, a qual seria a vencedora, ao “comprar” o voto de uma vereadora. Temos que tomar uma medida conjunta em nome da democracia”, ratificou.

Quem também aparteou Faleiro foi o deputado Cássio Andrade (PSB) que falou sobre um caso semelhante que estaria ocorrendo em outro município paraense. “Esse tipo e corrupção ocorre em todos os meios e também na política. Em Curionópolis não é diferente. Lá a juíza tem uma ligação com o prefeito e responde a todos os anseios do gestor”, contou. Cássio sugeriu que fosse composta uma comissão de parlamentares para ir ao TJE para que se tome providências com relação à conduta do juiz Gláucio Assad.  

O vereador de Rurópolis Jonas Lourenço (PT), presidente destituído, está em Belém, onde acompanha o recurso contra a decisão do juiz Assad junto ao TJE.




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