Senhores deputados e senhoras deputadas,
Quero socializar
nessa casa, sobre o evento que está ocorrendo em Macapá, que é o III Congresso
Nacional das Populações Extrativistas. Evento este com a total hegemonia
amazônica, região onde está o forte do extrativismo nacional, com destaque para
o estado do Pará.
Eu, então,
tive a felicidade de participar como debatedor sobre a Educação, educação
rural, que faz parte da minha história, no que se refere inclusive a pedagogia
da alternância. Devo dizer que sai contente deste congresso, no qual estiveram
presentes autoridades, como a ministra Izabela Teixeira MMA), Pepe Vargas (MDA)
porque observo que a sociedade brasileira, está aos poucos, por mérito das iniciativas
das populações tradicionais, reconhecendo este segmento como sujeito social e político,
como parte do desenvolvimento econômico do pais e esse é o grande recado que o Congresso
das Populações Extrativistas dá ao Brasil.
Chico Mendes,
já dizia na época, que existia a grande produção, mas que existia também a
agricultura familiar rural que se diferenciava. E hoje temos entidades como a
Fetraf (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar), outras especificas
dos quilombolas, dos indígenas, que criam um diálogo próprio com os governos e
com a sociedade.
Eu parabenizo
à essas populações, que saíram da pauta apenas
da infra estrutura, da regularização fundiária e avançaram em uma nova pauta:
a da educação rural. Digo que não adianta ter infra estrutura, ter crédito para
fomento, Luz para Todos, se não afirmar esse segmento com conhecimento, e não
apenas o conhecimento formal, mas com uma concepção que trabalhe a educação
para que se prepare tecnicamente para dar conta de sua atividade econômica. Fiz
uma critica no congresso de que a forma da educação dos técnicos rurais é muito
voltada para assessorar e prestar serviço e não para desenvolver atividades. O segmento
avança então nessa pauta da educação. Durante o evento o governo federal, através
do secretário do Mec, apresentou políticas e programas para a educação do meio
rural, o desafio agora é que isto saia do papel e chegue efetivamente ao meio
rural. Ontem foi ratificado o anuncio de que a pedagogia da alternância tem
recurso do governo federal. A pedagogia da Alternância é uma luta histórica da
minha parte e por isso estou muito contente com isso. È muito importante a educação a nivel internacional,
nos projetar no âmbito internacional como disse o deputado Gabriel Guerreiro,
mas é muito importante estar também fomentando essa educação local e
diferenciada para as populações extrativistas.
O governador
do Amapá, Camilo Capiberibe, esteve presente ao evento, junto com os ministros e
demais autoridades e inclusive nos mostrou o que representa o extrativismo para
aquele estado. O açaí é hoje a principal economia popular estadual. O
governador disse que o mundo que olha e quer que a gente preserve a Amazônia,
precisa entender que a sustentabilidade da Amazônia passa também pela sustentabilidade
das populações tradicionais, estas são as verdadeiras guardiãs da biodiversidade.
Mas eles querem ter cidadania e os mesmos direitos que o filho do cidadão
urbano tem. O III Congresso foi um momento muito importante da afirmação da
cidadania deste segmento.
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