Desde a zero hora de hoje, o Sindicato dos Urbanitários do Pará está em greve por tempo indeterminado. A paralisação deve afetar os trabalhadores das Centrais Elétricas do Pará (Celpa), controlada pela Equatorial Energia (Celpa/Equatorial). O protesto é contra as demissões efetivadas pela holding. Segundo os urbanitários, desde que assumiu a Celpa em novembro do ano passado, a empresa já dispensou 300 trabalhadores. A Celpa nega abusividade. “Só na última semana, demitiram 11 funcionários. Foram 40 trabalhadores demitidos entre maio e junho. Nós fizemos uma paralisação de 48 horas para tentar evitar novas demissões, mas a Celpa continuou demitindo. Nós não aceitamos essa política”, declara Ronaldo Romeiro, presidente do Sindicato dos Urbanitários.
Em nota, a assessoria de imprensa da Celpa já havia se pronunciado afirmando que “as demissões que ocorreram até agora estão dentro do fluxo e da rotatividade normal de uma empresa privada de grande porte como a Celpa”. De acordo com a assessoria, a empresa não está em conflito com as categorias e não tem feito demissões coletivas ou arbitrárias. De acordo com a Celpa, as últimas paralisações não têm prejudicado os serviços de atendimento aos clientes, tanto na Região Metropolitana quanto nas unidades do interior.
Também nesta segunda-feira, a greve de funcionários da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) chega ao décimo quarto dia.
Segundo a Cosanpa, os gastos com pessoal ultrapassam 87% do que é arrecadado, dessa forma, segundo a Companhia, seria impossível oferecer reajuste maior.
Já nas Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte), haverá paralisação nacional de 24 horas em protesto aos sucessivos adiamentos na negociação da Pauta Nacional de data-base dos trabalhadores. A Intersindical Norte (Sindinorte), entidade da qual o Sindicato dos Urbanitários do Pará faz parte, tem reunião marcada com o grupo nos próximos dias 21 e 22 para discutir propostas.
Além dos urbanitários, o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Pará (Sindpol) deve definir hoje se também deflagra greve.
(Diário do Pará)
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