Me dirijo agora ao conjunto dos eleitores do estado do Pará, em especial aos da região metropolitana da Grande Belém.
A campanha plebiscitária está se encerrando e dia 11 vamos às urnas manifestar nossa opinião sobre a criação ou não de duas novas unidades administrativas no estado do Pará. A democracia nos possibilita ter quatro cenários:
a) Votar SIM duas vezes e concordar com a criação do Tapajós e Carajás;
b) votar NÃO duas vezes e discordar da criação dos dois novos estados;
c) Votar SIM para Tapajós e NÃO para o Carajás; e assim indicar apenas a criação do Tapajós;
d) votar NÃO para Tapajós e SIM para Carajás. E assim indicar apenas a criação do Carajás.
Na minha opinião, os rumos que a campanha tomou levaram a uma polarização entre o SIM e o NÃO, pois não dialogou com o eleitorado o real conjunto de possibilidades acima citadas.
Na condição de integrante da Frente Pró Estado do Tapajós venho de forma simples e franca, buscar um último diálogo com o eleitor que está pensando em votar NÃO neste domingo. E sensibilizá-lo para a possibilidade de votar SIM para o estado do Tapajós.
MEUS ARGUMENTOS
1. Há um reconhecimento público pela luta histórica, de mais de cem anos, pela emancipação da região do Tapajós. E podem ter certeza que isso não é por revanche com o Pará.
2. Nós, tapajoaras, para falar a verdade, não gostamos de termos sido tratados como “forasteiros” por alguns integrantes da campanha do NÃO. Mas também é verdade que não nos sentimos agredidos. Esta figura não nos cabe.
Para que se tenha uma idéia, dos 10 parlamentares estaduais integrantes da Frente Pro Tapajós, o único que não nasceu no Pará fui eu. Mas, já moro no estado há 33 anos, os quais dediquei à luta sindical e política em busca da garantia dos direitos dos cidadãos paraenses.
3. Muito se falou, durante esta campanha, dos riscos de destruição das unidades de conservação caso fosse criado o estado do Tapajós , devo dizer que se a região tem 70% em floresta inalterada , isso se deve ao povo da região que soube preservar esses recursos naturais e às ações governamentais que criaram essas áreas. A maior parte das unidades de conservação foi criada com base em lei federal portanto, nenhum governo pode revogar. As unidades estaduais criadas não serão alteradas, pois são defendidas pela sociedade local e asseguradas por lei.
4. Quanto a repartição dos recursos, o estado do Tapajós não representa um grande impacto nas receitas do estado do Pará, nem tão pouco daremos prejuízo futuro aos investimentos destinados à população das demais regiões do Pará. Com a criação do Tapajós, o Pará deixaria de investir na região e sobraria recurso para atender a população das demais regiões.
Acredito ser difícil pesar todas as possibilidades de voto. Mas peço a todos as pessoas, em especial da região metropolitana de Belém, que ponderem votar SIM para Tapajós e se coloquem por apenas alguns instantes na condição do cidadão tapajoara, que tem a esperança de receber seu SIM por se considerar merecedor de criar o estado do Tapajós.
Então em nome de cada cidadão e cidadã tapajoaras, venho muito honradamente pedir sua compreensão e seu apoio para dizer SIM a esta nossa esperança.
Diga SIM ao Tapajós.
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