Em entrevista à Rádio Legislativa, na manhã desta quarta-feira, 11, o deputado do PT, Airton Faleiro, manifestou sua opinião sobre a aprovação do plebiscito para a criação dos estados do Tapajós e Carajás.
Eu creio que há uma distância muito grande entre aprovar o plebiscito e ter votos para aprovar a criação de novos estados. Em conversa com moradores das regiões alcançadas pelo plebiscito, vejo que há muita humildade para dialogar com o eleitor da região metropolitana de Belém, que não será emancipada, na busca do seu convencimento para votar favoravelmente na criação do estado do Tapajós.
Outro tema que os moradores falam é: pergunte ao povo da região de Belém, como eles se sentiriam morando, por exemplo, em Jacareacanga, Castelo dos Sonhos ou Juriti e que ficam longe dos centros de decisão, do poder. Jacareacanga fica a 400 km, depois de Itaituba, já na fronteira com o estado do Amazonas.
As pessoas querem estar perto do poder e, por isso, creio que não há disposição de se impor uma vontade e sim abrir um diálogo, na busca do convencimento. Estar perto do poder significa estar mais perto para cobrar e ter suas demandas atendidas.
O que nós queremos é sempre melhorar a vida do povo.
Eu, por exemplo, tive votos em 119 municípios do Pará, mas tenho família e ação política na região do Tapajós. Numa hipótese de criação deste estado, eu ficaria naquela região. Vão ser criadas novas vagas para governo, senado e deputados federais e estaduais.
Agora, tem a disputa política e o surgimento de novas lideranças. Se vou para o Tapajós, abro vaga aqui. Também tem outra questão. Vocês acham que com a criação de dois estados e o aumento da representação amazônica no Congresso Nacional, as bancadas de outras regiões do país vão ficar quietas?.
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