Professores, estudantes e servidores da Universidade Federal do Oeste do Pará, em Santarém, fizeram paralisação de um dia, nesta quinta-feira, em protesto contra 42 processos administrativo movidos pela instituição de ensino, contra professores, estudantes e servidores.
O motivo da ação administrativa foi um protesto organizado pelas três categorias, há 03 meses, durante a Aula Magna, que marca o retorno das atividades acadêmicas. Os estudantes foram impedidos de se manifestar, no microfone oficial do evento e não tinham representante na mesa diretora da aula.
Insastifeitos, começaram a falar em um magafone. Houve ordem do reitor, Seixas Lourenço, para suspender a Aula Magna, que seria ministrada pelo professor Armando Mendes, do Núcleo de Altos Estudos da Amazônia (NAEA).
Os professores, estudantes e servidores tiraram o som do auditório onde seria ministrada a Aula Magno. A Reitoria que o ato foi abusivo.
O professor, sociólogo Gilson Costa, e o servidor Wallace Carneiro Soares, lotado na Pró-Reirotia de Administração (Proad), além de 40 estudantes podem sofrer sanções que vão desde suspensão até mesmo afastamento da Universidade.
O servidor Wallace Soares já recebeu uma advertência da administração da Ufopa
Durante todo o dia de hoje, quinta-feira, houve reuniões, com a formação de grupos de trabalho, para traçar um diagnóstico da universidade.
“Nós queremos avaliar o modelo de gestão da universidade. Como a administração da universidade é Pro-Tempore, ela ainda não tem regimento interno. Nosso protesto também é porque não temos um restaurante universitário".
Para a Vice-reitora, Raimunda Monteiro, que participou de um Grupo de Trabalho (GT), durante a paralisação, diz que um dos pontos detectados pelo diagnóstico, feito pelo GT, é a falta de diálogo, da instituição com a comunidade acadêmica. O GT também mostrou que as decisões na universidade estão sendo tomadas sem consulta, esclarecimento e convencimento da comunidade.
A Vice-reitora também afirma que não está havendo transparência orçamentária, nem política de gestão de pessoas.
“Não temos instâncias colegiadas, como o Conselho Universitário (Consun), para respaldar as decisões, que não são temporárias, e vão reger a universidade por muito tempo”, afirma Raimunda Monteiro.
Entre os estudantes, o sentimento é de que a reitoria vem sendo conduzida de forma autoritária.
A assessoria de imprensa da Ufopa disse que a instituição não tinha nota oficial para os jornalistas e indicou um representante da universidade para falar com imprensa.
Era o professor Marcos Ximenes, mas até ás 17 horas, ele não atendeu o celular.
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