quinta-feira, 5 de novembro de 2015

COMUNITÁRIOS DÃO ÚLTIMA CHANCE AO COMITÊ PLPT



Cerca de 150 lideranças das 36 comunidades impactadas pela hidrelétrica Curuá-Una,  se reuniram hoje (05), com a Concessionária de Energia  CELPA,  Deputado  Airton Faleiro,  vereadores de Mojuí dos Campos e Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais  de Santarém e Mojuí dos Campos,  onde cobraram a implantação do Programa Luz Para Todos- PLPT.

Os comunitários reclamaram que vivem a mais de 30 anos entorno da Hidrelétrica e continuam na escuridão. "Já estamos cansados de promessas e reuniões, ou temos resposta concreta ou  ocupamos a hidrelétrica ainda hoje",  disse Maria Soares,  52 anos,  moradora da comunidade de Santa Maria, acompanhada por outras lideranças.

Na tentativa de gerenciar o conflito,  o Deputado  Airton Faleiro esclareceu que as seis comunidades: Santa Maria,  Cícero Mendes, São Pedro,  Moreá,  Bom Futuro e Enseada do Corta Corda serão  atendidas ainda este ano com 250 ligações elétricas. Mas concordou que as demais comunidades contam apenas com projeto de estudo técnico,  no entanto,  não estão incluídas para serem atendidas agora. "Vocês precisam decidir se o melhor caminho é  ocupar a Usina hoje ou dar uma nova chance de negociação para a inclusão das famílias não contempladas no sexto contrato. Se optarem pelo segundo caminho me comprometo em agendar uma audiência no Ministério de Minas e Energia com a participação da coordenação nacional do PLPT,  com a presença da CELPA e ELETRONORTE para negociarmos um contrato especial, o qual vocês tem direito com a inclusão das famílias  não contempladas no quinto contrato para serem atendidas no sexto",  propôs o parlamentar.


Ao final, o coordenador da reunião, vereador de Mojuí dos Campos - Bazinho, encaminhou pelo deslocamento de oito lideranças, de duas comissões que tratam sobre assunto, para irem ainda este mês à Brasília negociar com governo Federal.

"Vamos dar a última chance, se o resultado dessa reunião não for positivo vamos ocupar a hidrelétrica e só vamos sair quando nossa reivindicação for atendida", afirma Maria das Graças Torres, da Comunidade de Santa Terezinha.


Paralelo à discussão da eletrificação rural, as comunidades solicitaram que fosse incluído na pauta de negociação em Brasília, a compensação dos impactos socioambientais provocados pela baixa do nível das águas do rio, causada pelo uso excessivo além da cota mínima  pré estabelecida na geração de energia,  no rio Curuá- Una. "O baixo nível do rio compromete nossa navegação,  abastecimento de água para consumo,  morte das plantas e criação de peixe. Queremos solução para isso, inclusive negociação", reivindicou o comunitário Raimundo Soares, da comunidade Vista Alegre.









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