segunda-feira, 25 de maio de 2015

COMUNITÁRIOS INTERDITAM CURUÁ UNA EM SANTARÉM

Hoje (25/05), pela manhã, cerca de 100 moradores da região do Corta Corda interditaram a PA-370, Km 60, Santarém/Curuá Una, para reivindicar suas necessidades prioritárias, como o rebaixamento do linhão da hidroelétrica de Curuá Una. A Associação de moradores da Comunidade União Corta Corda reuniram-se com os comunitários do entorno da hidroelétrica para interditar a rodovia por tempo indeterminado. O objetivo é fazer com que representantes do Comitê Gestor do Programa Luz para Todos apresentem uma solução para que as comunidades sejam contempladas para receber o rebaixamento e a expansão da energia elétrica.

Segundo o presidente da Comunidade Corta Corda, Sanclé Oliveira, as vilas no entorno não possuem serviços básicos de política pública, “aqui falta limpeza, água potável, abertura e manutenção de ramais. A escola só atende da 1ª a 4ª série e as crianças estudam em barracão. Somos esquecidos pelo poder público”, lamenta Sanclé.

Solidário ao movimento, o Deputado Airton Faleiro enviou seus assessores para levar e recolher propostas para sanar a pauta de energia. O deputado propôs que seja  criado, pelo Ministério de Estado de Minas e Energia,  um contrato especial no âmbito do Programa Luz para Todos,  para obras de eletrificação rural no entorno das comunidades da hidroelétrica  da Curuá Una. “Asseguro  que tal proposição tem respaldo legal,  isso já ocorreu em outras localidades,  como em Belo Monte,  conforme a Portaria  nº 454,  em anexo”, esclarece Faleiro. O deputado propôs ainda que o Comitê  Gestor do Programa Luz para Todos  recepcione e delibere,  em sua próxima reunião, a inclusão destas comunidades na agenda de atendimento da Eletrificação  Rural.   “Considero justa a reivindicação de vocês. É  inadmissível que vocês morem no entorno de uma hidrelétrica  e permaneçam  no escuro”,  enfatiza Airton Faleiro.

O movimento convidou representantes da Eletronorte, Celpa, Governo Federal, FEMAP, FETAGRI, PROCON, CUT, SEBRAE e FAEPA que fazem parte do Comitê Gestor do Programa Luz para Todos. Mas ainda não foram negociar. Para o presidente da Comunidade Cícero Mendes, Jonas Silva, a situação em que eles vivem é o retrato do descaso, mas eles não vão desistir de lutar pelos seus direitos. “Vamos permanecer aqui, interditando, reivindicando até negociar nossa pauta”, informou o presidente.



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