Na manhã de hoje (29), uma
comissão de hansenianos pediu socorro ao poder legislativo. E para atender a
este apelo, o Deputado Airton Faleiro articulou uma reunião junto ao líder do
Governo Deputado Eliel Faustino (SDD), que contou também com a participação do
presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Alepa Deputado Carlos Bordalo, o
seu vice-presidente Deputado Lélio Costa (PCdoB) e o Deputado Soldado Tércio
(PROS).
Durante a reunião, os
hansenianos denunciaram o abandono por parte do Governo do Estado e
apresentaram um documento com todos os problemas vividos por eles. Dentre os
quais, a má qualidade e falta dos alimentos, medicamentos, curativos e, em
especial, as cirurgias reparadoras para o tratamento da doença. E como as
maiores vítimas deste descaso as colônias do Prata, em Iguarapé-Açu e de Marituba e o Abrigo João Paulo II.
Segundo representantes do Movimento Reintegração das Pessoas atingidas pela
Hanseníase – MORHAN, o objetivo deste encontro foi pedir a ajuda e intervenção
da Alepa junto ao Governo do Estado na busca por medidas emergenciais.
O Deputado Airton Faleiro
disse que esta reunião sensibilizou o poder legislativo. E “nosso mandato está
empenhado com a problemática dos hansenianos no Estado”. O Deputado adiantou os
dois encaminhamentos que saíram deste encontro: uma reunião com o novo
Secretário de Saúde, Vitor Manoel Jesus Mateus, que será agendada para a
próxima semana e; a abertura de procedimento pela Comissão de Direitos Humanos
da Alepa para tratar de forma estrutural a problemática vivida pelos
hansenianos no Pará. “A situação em que eles vivem é gritante - eles sofrem
constrangimentos e necessidades básicas que nenhum ser humano merece passar”,
lamentou o Deputado Faleiro.
Edmilson Picanço,
coordenador do núcleo de Marituba, fala da necessidade de se fazer mudanças urgentes
em relação aos hansenianos no Estado. Picanço explica que o processo
licitatório deve ser reformulado. “Atualmente são feitas licitações
isoladamente para cada item da cesta básica. Um dia chega o feijão, no outro o
arroz, o charque... assim fica difícil fazer uma refeição completa e a fome não
espera.”, desabafa.
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