por assessoria
Em discurso na Assembléia Legislativa, na manhã
desta quarta-feira, 20, o deputado estadual Aírton Faleiro (PT) falou sobra a
grave situação por que passa Almeirim. É no distrito de Monte Dourado, situado
neste município, que fica a Jari Celulose que teve paralisada seus trabalhos,
tendo como conseqüência direta a dispensa de milhares de trabalhadores. A
empresa alega baixa na produção e tem a meta de retomada em outubro.
“Vou organizar uma audiência pública aqui na Alepa,
com a presença de governos estadual e federal, poder municipal e representantes
da empresa para buscamos um esclarecimento da real situação, pois devemos
buscar socorro junto aos poderes”, disse Faleiro.
A empresa paralisou suas atividades no início deste
ano, com prazo de dez meses para a empresa retornar o trabalho. A pretensão é
iniciar um novo projeto onde a empresa passaria a produzir celulose solúvel, a
partir do mês de outubro. Todos os funcionários contratados (entre cinco mil e
seis mil, foram demitidos), permanecendo apenas um número muito menor.
Jari Celulose
A Jari Celulose é o que restou do Projeto Jari, que
iniciou em 1967, na fronteira entre Pará e Amapá, às margens do rio Jari (Vale
do Jari), que compreende os municípios de Vitória e Laranjal do Jari (AP) e
Almeirim (PA). A sede da empresa fica no distrito de Monte Dourado (Almeirim).
O projeto foi idealizado pelo bilionário americano Daniel Ludwige. Ele trouxe
do Japão uma fábrica de celulose que passou mais de 50 dias para chegar à
fronteira, flutuando em plataformas gigantescas. A cidade de Monte Dourado foi
construída nos moldes americanos e com infraestrutura básica, como hospital,
escolas e locais de lazer.
Em 2000, a empresa passou a ser controlada pelo
Grupo Orsa. O grupo reúne três empresas: Jari Celulose, Papel e Embalagens S.A,
Orsa Florestal e Ouro Verde Amazônia, que atuam de forma integrada nos estados
do Amazonas, Pará, Goiás e São Paulo.
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