sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Barbárie no campo

Durante sessão especial realizada na Alepa sobre as comunidades quilombolas, afirmei que não poderíamos aceitar a volta do aumento do número de mortes no campo. Naquela ocasião a sociedade do Pará e do país estava chocada com o assasinato do casal de extrativistas João Cláudio e Maria do Espirito Santo, em Nova Ipixuna. Essa barbárie no campo não pode continuar.

De acordo com informações da Ascom da Polícia Civil, o delegado José Humberto de Melo Jr, diretor da Delegacia de Conflitos Agrários (DECA), em Marabá, já colheu o depoimento de duas testemunhas oculares, que relataram a cena em que o crime ocorreu - a vítima estava passado de bicicleta quando dois homens o cercaram e o alvejaram com tiros - e também relataram as características físicas dos dois homens. O delegado também já apurou que Piauí, como era conhecido Valdemar Barbosa de Oliveira, de 54 anos, não estava em nenhuma lista de marcados para morrer. A polícia também investiga a possibilidade de motivação por rixas do passado.

Marabá: violência no campo faz mais uma vítima
Fonte: Portal ORM


Mais uma morte no campo, dessa vez, a vítima foi o agricultor e líder de um acampamento, Valdemar Barbosa de Oliveira, de 54 anos, conhecido por 'Piauí'. Ele foi morto a tiros, na manhã de quinta-feira (25), na Avenida Belém-Brasília, bairro São Félix, periferia de Marabá, sudeste do Estado.



Segundo informações da Polícia Civil, Piauí foi abordado por dois homens em uma moto quando chegava de bicicleta em um balneário conhecido por 'Geladinho'. Usando capacetes, os criminosos mandaram a vítima descer da bicicleta e atiraram à altura do rosto e do pescoço da vítima.



A principal suspeita é de que o crime tenha sido motivado pela ocupação da área do complexo da fazenda Califórnia, situada na zona rural de Jacundá, cidade próxima à Marabá. 'Piauí' era líder do acampamento de trabalhadores rurais denominado 'Califórnia', mesmo nome da fazenda em que estão assentados, de propriedade de Vicente Correa, contra quem a vítima já havia registrado denúncia de ameaça à DECA, em maio deste ano.



Ainda de acordo com a assessoria da Polícia Civil, um inquérito já foi aberto para apurar o caso, e será presidido pela Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá (DECA).



A Polícia Civil acionou o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves de Marabá para fazer a perícia no local de crime e a remoção do corpo para exame. O laudo apontará quantos tiros foram disparados e que tipo de arma e calibre foram usados no crime. O delegado José Humberto de Melo Junior, titular da DECA, preside as investigações. Uma testemunha já foi ouvida para prestar informações sobre o homicídio.

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