sexta-feira, 4 de março de 2011

Sessão especial na Alepa faz homenagem ao ex-deputado Neuton Miranda

A Assembleia Legislativa do Estado (Alepa) realizou, ontem de manhã, uma sessão especial em homenagem a Neuton Miranda, ex-deputado, presidente estadual do PCdoB e dirigente da Superintendência de Patrimônio da União (SPU), no Pará, que morreu em fevereiro de 2010. A sessão, proposta pelos deputados Edmilson Rodrigues (PSOL) e Tião Miranda (PTB), contou ainda com a participação do presidente da Casa, Manoel Pioneiro (PSDB), e do líder do governo, deputado Márcio Miranda (DEM). "Acho que o Neuton sempre teve a consciência de que estava fazendo algo para o bem de todos", disse Pioneiro.

Participaram da homenagem, no auditório João Batista, na Alepa, a viúva, Leila Mourão, militantes do PCdoB, líderes de comunidades beneficiadas pelo programa de regularização fundiária iniciado por Neuton à frente da SPU e o atual titular da superintendência, Lélio Costa. "Quando o Neuton assumiu a SPU não existia um modelo para se fazer regularização fundiária em terras de marinha. Isso só foi possível graças ao seu poder de negociação e articulação", comentou. Representantes de comunidades beneficiadas pela regularização em bairros como Guamá, Telégrafo e Terra Firme também se manifestaram. "Sou morador de uma das comunidades pioneiras desse projeto e posso dizer que o Neuton Miranda sabia que a coisa mais digna que um cidadão pode ter é a sua moradia", comentou Nazareno Pantoja, presidente da Associação de Moradores de Terras de Marinha de Belém.

O deputado Airton Faleiro (PT) se comprometeu a apresentar um projeto de lei para nomear uma das dependências da Assembleia com o nome de Neuton Miranda. Para José Megale (PSDB), a homenagem deve se estender a cidade de Belém ou mesmo ao Estado. "Pelo que Neuton produziu e pelo que deixou de herança para todos nós seria justo que seu nome fosse emprestado a grandes obras tanto em Belém quanto em qualquer outra parte do Estado".

A cerimônia foi encerrada com um discurso da viúva, Leila Mourão. "Na clandestinidade ou na legalidade, Neuton dedicou a sua vida à luta pela igualdade", disse, lembrando a perseguição sofrida durante o regime militar no Brasil.

Jornal Amazônia dia 4/03/2011

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