terça-feira, 12 de maio de 2015

AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA TEM SALDO POSITIVO

EVENTO REUNIU MAIS DE 300 PESSOAS DE 26 MUNICÍPIOS DO PARÁ


A Audiência Pública sobre a Pedagogia da Alternância no estado do Pará realizada, na última quarta-feira (6), teve um saldo positivo, segundo o Deputado Airton Faleiro, proponente da audiência. "Finalizamos o evento de hoje com o saldo positivo: atingimos o nosso objetivo que é o de propagandear a pedagogia da alternância no Pará e, além disso, saímos daqui com encaminhamentos importantes, como o compromisso da Alepa em agendar um reunião entre a SEDUC e as Casas Familiares Rurais para tratar da renovação dos convênios com o Governo do Estado e; a criação de um grupo de trabalho que institua a inscrição dos técnicos no CREA."  O evento reuniu mais de 300 pessoas de 26 municípios, no auditório João Batista, na Assembleia Legislativa do Pará - Alepa.


O Deputado Airton Faleiro destacou a importância do projeto de lei, apresentado por ele a pedido das organizações sociais representantes da Pedagogia da Alternância. O projeto visa incluir de forma permanente o ensino da Pedagogia da Alternância como diretriz da Política Estadual de Educação do Pará. "Compreendemos a extrema importância deste projeto para a qualidade de ensino em todas as regiões do estado, na garantia que os jovens permaneçam nas suas propriedades, fazendo melhoramento nas técnicas de trabalho da agricultura familiar e levando desenvolvimento para todo o Pará."  Faleiro destacou ainda, que a aprovação deste projeto de lei está ligado também a possibilidade de adequação dessas entidades aos Programas Federais que tratam desse tema, como o PRONACAMPO e PRONATEC, dentre outros.


O presidente da Associação das Casas Familiares Rurais - ARCARFAR Agnaldo Oliveira explicou que o Pará é o estado que tem o maior número de casas rurais na Amazônia. "Atualmente temos 29 casas funcionando em todo o estado. São atendidos aproximadamente 3000 jovens. Mais de 1700 alunos já estão formados. Destes, 25% tiveram acesso à universidade pública." , explicou Agnaldo. E um exemplo dessa estatística é o caso de Taísa Kalazans Lameira da Silva, de Castanhalzinho. Ela foi a primeira aluna do campo, negra, quilombola, aprovada em é medicina, pela Universidade Federal de Tocantins.

 A audiência pública contou com a presença do presidente da Alepa, deputado Márcio Miranda, que destacou que antes da prática da pedagogia da alternância no estado, "quem vivia no campo não tinha oportunidades e nem acesso ao ensino de qualidade. Os mais jovens saiam do campo para a capital em busca de educação formal". Os deputados Dirceu Ten Caten (PT), Lélio Costa (PCdoB),  Coronel Neil (PSD), Soldado Tércio (PROS), Scaff (PMDB) também participaram da audiência, que contou com representantes  do Ministério Público, Secretaria de Educação do Estado, Conselho Estadual de Educação, CEPLAC, da Fundação Viver Produzir e Preservar - FVPP, FETAGRI, Instituto Natura e de alunos, familiares, professores e colaboradores das casas familiares rurais Altamira, Abaetetuba, Barcarena, Senador José Porfírio, Novo Repartimento, Moju, Placas, Uruará, Pacajás, Ourém, Santa Maria das Barreiras, Tucumã, Ourilândia do Norte, Juruti, Porto de Moz, Cametá, Conceição do Araguaia, Cachoeira do Arari, Tucuruí, Santarém, Belterra, Brasil Novo e Anapú. 

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