A presidenta Dilma Rousseff participa, nesta sexta-feira (25), em Barcarena (PA), da inauguração do complexo portuário Miritituba-Barcarena, da Bunge, que é composto da Estação de Transbordo, em Miritituba, e do Terminal Portuário Fronteira Norte (Terfron), em Barcarena. A nova rota de exportação tem capacidade de escoamento de carga de até 2,5 milhões de toneladas de grãos por ano.
Pedro
Parente, presidente e CEO da Bunge Brasil, avalia a inauguração do complexo
portuário como sendo um novo paradigma no escoamento da produção de grãos
brasileira. Segundo ele, esse investimento permitirá transformar e alavancar o
desenvolvimento no norte do país.
“É uma
nova alternativa, é um novo paradigma para os produtores brasileiros. Nós vamos
estar, ao invés de escoar a produção de Mato Grosso pelo Sudeste do país, nós
vamos estar escoando pelo Norte, muito mais próximo dos portos de destino, como
Europa e China. Então isso realmente é um marco importantíssimo, é uma nova
alternativa, é extremamente relevante para o produtor brasileiro, para o país,
mais divisas, mais exportação e, para a nossa empresa também, para a Bunge, que
está sendo pioneira nesse movimento”, declarou.
De acordo
com o gerente de operações portuárias do Terfron, João Felipe Folquening, o
complexo também contribui para a sustentabilidade ao privilegiar o modal
hidroviário.
“Esse
terminal tem uma capacidade estática de 150 mil toneladas e uma capacidade de
expedição para navios de 1.500 toneladas/hora. Também temos o recebimento
hidroviário com uma capacidade de 1.500 toneladas/hora. A grande novidade desse
projeto é desafogar a logística rodoviária que hoje sai do Mato Grosso até o
Sul/Sudeste do país, via rodovia e caminhões, e trazer esses caminhões subindo
até Itaituba pela BR-163 e fazendo o transbordo da soja e do milho para as
barcaças, descendo o Rio Tapajós até Barcarena. Então, o transporte hidroviário
é um transporte muito mais sustentável e eficiente no transporte de grãos”,
afirmou.
Pela nova
rota criada, os grãos das maiores regiões produtoras seguirão por caminhão pela
BR-163 até a estação de transbordo de Miritituba, no oeste do Pará, percorrendo
uma distância de 1.100 quilômetros. No terminal, a carga será colocada em
barcaças que irão navegar o rio Tapajós , passarão pelo estreito de Breves e
chegarão ao Terfron, em Vila do Conde, Barcarena, um percurso de 1.000
quilômetros realizado em aproximadamente três dias. No Terfron, a carga será
armazenada para posterior embarque em navios graneleiros rumo ao exterior.
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