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Faleiro pede que projetos de empréstimos sejam debatidos junto com o orçamento estadual
Por assessoria
Na manhã de terça, dia 9, no plenário da Assembléia Legislativa, o deputado estadual Aírton Faleiro (PT), propôs que o debate do conjunto de projetos que formam os pedidos de empréstimos que somados chegam a quase R$ 2 bi, seja feito junto com a análise do orçamento do Estado. Para o parlamentar se essa apreciação não for feita simultaneamente a sociedade paraense corre o risco de ter obras estruturantes não contempladas nem com recurso dos empréstimos, nem com recurso do orçamento estadual. “Eu insisto na tese de que os projetos de autorização de empréstimos tenham que ser ajustados. A sociedade paraense perde se não fizermos esses ajustes. A sociedade perde se não for discutido junto com o orçamento do Estado”, argumentou.
O pronunciamento também se pautou na desigualdade de distribuição de recursos nas regiões do estado. Faleiro citou por exemplo, que concorda com recursos destinados ao hospital regional de Itaituba, ao hospital Abelardo Santos, mas discordou com a destinação de recursos para alça viária (da ordem de R$ 45 milhões) e para o Parque do Utinga (da ordem de R$ 150 milhões) para Faleiro a obra na alça viária deve ser custeada com recursos do estado. “Nada contra fazer obra na alça viária, mas isso é como uma camisa mal abotoada, que sempre tem que ser refeita”, afirmou defendendo que esse recurso deve ser investido em novas obras nas regiões historicamente menos contempladas. “Tem que resolver problemas estruturantes em outras regiões. Por exemplo, asfaltamento da PA 170, que liga a partir da usina de Curuá Uma, em Santarém, até Medicilândia, encurtando o percurso em 200 km e interligando dois pólos importantes que é a região do baixo amazonas e Xingu. Pra mim, investir recursos para pavimentação é muito mais inteligente, o resultado será maior, fazendo obras nesta região, do que investir novamente na alça viária”, disse.
Também foi enfatizado que nas regiões do Xingu e Tapajós se tem menos que 50 km de pavimentação nas estradas estaduais e não está destinado recurso para recuperação de estradas, nem para os buracos dos 50 km da Ernesto Acioli, que liga Altamira à Vitória do Xingu, que é um ponto de escoamento da produção, de pessoas. “Sou defensor que se invista esses recursos em novas estradas, novos asfaltos, porque há uma desigualdade na distribuição desses recursos. Digo ao isso que sou oposição porque quando o PT governava o estado asfaltamos nessas regiões. Asfaltamos a Ernesto Acioli; a Curua-Una; a Santarém-Mojui dos Campos; a Everaldo Martins, em Alter do Chão. Em se tratando de asfaltamento o governo do PSDB está perdendo para o nosso governo. Ao invés de gastar recursos do empréstimo com a alça viária, que se invista em novas obras estruturantes, em localidades menos contempladas historicamente”, sugeriu.
Faleiro também destacou vias que merecem atenção como a Transgarimpeira, que até então não conta com recurso nem dos empréstimos e nem do orçamento estadual para a pavimentação e manutenção e que movimenta uma economia minerária importante. Assim como a Translago, que liga Santarém à Juruti, fazendo a ligação de dois pólos importante Juruti e Santarém. Ainda a estrada da Transforlândia, que liga Aveiro à Transamazônica, um trecho de valor histórico, iniciando no distrito de Fordlandia. Da mesma a forma a PA 167 que liga a Senador José Porfírio à Transamzônica.
Como o debate dos pedidos de empréstimos é muito importante, Faleiro sugeriu que se criasse um canal de diálogo para buscar um entendimento sobre os ajustes nos projetos. “Sinto que até a base aliada do governo anseia por adequações nos projetos. A bancada do PT se interessa em discutir esses pedidos de empréstimos. Eu não tenho problema algum em dialogar com o governo, com quem quer que seja. Então o governador deve escutar o parlamento, escutar a oposição. As duas instituições a que se está pleiteando os empréstimos são coordenadas pelo governo federal, que é coordenado pelo nosso partido. Então porque não debatermos? O nosso papel de oposição é dizer que é preciso que esse projeto contemple o Pará todo, o Grande Pará e o que não foi contemplado, que seja destinado recursos do orçamento do governo do estado. Essa é a pauta que queremos discutir com o governador Simão Jatene”, afirmou Faleiro.
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