No dia de hoje me dirigi pela manhã ao Rio Centro onde
acontece o Encontro dos Chefes de Estado, dentro da programação a RIO+20.
Presenciei uma ocupação de um espaço, onde um grupo de
pessoas – participantes da Cúpula dos Povos – adentraram pela favela Beira Rio
em uma grande fila para tentar entrar no evento, mas foram barrados. Eles estão
ocupando o entorno do local do evento protestando como forma de pressionar os
chefes para que se melhore o texto da Rio+20 que está muito evasivo, pois
apenas diz que os países mais desenvolvidos podem no futuro se comprometer com o desenvolvimento sustentável.
Essa pressão neste evento onde estão autoridades de estado
do mundo é uma tentativa de que se reveja este texto a partir da presença
desses líderes mundiais.
Sobre o dia de ontem, terça, 19, tivemos uma participação no
debate da Fundação Perseu Abramo e na Arena sócio Ambiental e Fórum de Justiça
Ambiental.
O que observei na RIO+20 é que não podemos ter um olhar
negativo do evento. Na verdade independente do texto a ser aprovado, a RIO+20,
como continuidade da discussão da ECO 92, continua institucionalizado um debate
sobre o desenvolvimento sustentável. A RIO+20 trouxe um importante diálogo sobre o desenvolvimento
e o combate à pobreza.
Do ponto de vista da posição do país, digo que o Brasil
cumpriu e está cumprindo um importante papel por ser o mediador deste evento
mundial e isso é bom para nós. Por outro lado, na condição de mediador, o Brasil
perde a oportunidade de defender suas proposições.
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