POr assessoria
Com a Câmara
Municipal de Santarém completamente lotada foi realizada a audiência pública para
debater a situação da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) nesta
sexta-feira, 1º de junho. Além da comunidade acadêmica estiveram presentes representantes
de entidades civis e lideranças políticas. Convidado para a audiência o reitor
Seixas Lourenço não apareceu, não mandou representante em seu lugar e marcou
para o mesmo horário uma coletiva com a imprensa local para rebater as
acusações de irregularidades na Ufopa.
A ausência do
reitor não surpreendeu o professor da Ufopa Sandro Leão. "Seixas não aparece
em atividades onde tenha que se esclarecer. Prefere lançar notas no site da
Ufopa ou marcar entrevistas com a imprensa como a de hoje para tentar
desmobilizar a audiência", disse Leão enfatizando que o diálogo com a
reitoria tem sido muito difícil e agora se reduziu a nada. Segundo o professor
durante a audiência foi proposta a criação de um comitê a ser formado tanto por
integrantes da comunidade acadêmica quanto por representantes da sociedade civil
organizada. "O objetivo do comitê será trazer um diálogo amplo sobre essa
situação e cobrar a vinda de técnicos do Mec para vim à universidade",
afirmou.
Medidas de
urgência foram clamadas pela plenária. "Quem está perdendo é toda a
população", disse o coordenador de Formação e Comunicação sindical da
Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas
Brasileiras (Fasubra), Sandro Pimentel. Em sua opinião a imagem da Ufopa está
seriamente comprometida pois "quando se trata da imagem de uma universidade
pública não pode estar envolvida com denúncias de corrupção".
Estudante de
Direito e liderança do movimento estudantil do município de Santarém, IB
Tapajós que a audiência pública mostrou
a atitude antidemocrática do reitor Seixas Lourenço - que mesmo convidado, não
participou, nem enviou representante - e também consolidou o debate para além
da esfera local, pois os representantes de entidades nacionais presentes ao
evento se comprometeram com esta pauta. "Além pedirmos a apuração urgente
das denúncias, também queremos eleição direta para a reitoria, a vinda de uma comissão técnica do MEC e a saída
imediata do reitor Seixas Lourenço" disse Tapajós.
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