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A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse hoje (22) que a taxa anual de desmatamento na Amazônia deste ano será ainda menor do que a registrada em 2009, quando o índice atingiu o menor patamar em 20 anos de monitoramento. Entre agosto de 2008 e julho de 2009, o Brasil perdeu 7,4 mil quilômetros quadrados de floresta, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
“Se no ano passado já tivemos o menor desmatamento da Amazônia, esse ano vai ser o menor do menor”, disse a ministra, ao comentar os dados mais recentes do Inpe.
No acumulado entre agosto de 2009 a maio de 2010 (primeiros dez meses do período utilizado para calcular a taxa anual), a floresta perdeu 1.567 km². A soma é 47% menor que a registrada no período anterior (agosto de 2008 a maio de 2009), de 2.960 km². Os números são do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter).
Apesar de a taxa anual ser calculada por outro sistema do Inpe, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), os números do Deter costumam antecipar os resultados consolidados.
Izabella acredita que a tendência de queda pode antecipar o cumprimento da meta brasileira de reduzir em 80% o desmatamento da Amazônia até 2020, principal compromisso da meta nacional de redução de emissões de gases do efeito estufa.
“Nossa expectativa é bastante positiva e otimista frente aos compromissos que o Brasil assumiu internacionalmente. Estamos não só reduzindo o desmatamento, mas começando a mudar o patamar na questão das emissões”.
O diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Luciano Evaristo, atribui a redução do desmatamento à mudança na estratégia das operações de fiscalização na Amazônia Legal.
“O resultado demonstra que acertamos ao fazer um mapa com as áreas críticas. Chegamos nessas áreas e conseguimos neutralizar focos mais importantes, como a BR-163. Também apertamos o cerco na Transamazônica e em outras rodovias no Pará”, avaliou.
De acordo com a ministra, o monitoramento da Amazônia vai ser aprimorado nos próximos meses, com a ampliação da utilização de um sistema japonês, que consegue observar o desmatamento mesmo quando há coberura de nuvens sobre uma região.
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