Em uma análise otimista podemos
afirmar que se engana quem pensa que a ida do Lula para um ministério de Dilma
é apenas uma estratégia para transferir seu processo para uma instância
superior. Muito embora isso faça parte da estratégia, já que seu julgamento
pelo Juiz Moro seria de cartas marcadas. Mas o que leva Lula ao governo é bem
maior que isso.
Ao analisar as mobilizações do
dia 13 de Março, organizada pelos setores da elites e dos partidos de oposição,
o governo e o PT podem ter concluído que tal mobilização não alterou a
correlação de forças na atual conjuntura, já que não levou as ruas o povão e
não foi do tamanho que se propagandeou. Junta - se a está análise que, em que
pese ter dado um certo combustível em favor do pedido de impeachment, não
serviu como um cheque mate ao governo.
Diante desta análise, a ida de
Lula para o Planalto pode ser uma aposta do governo em dar a volta por cima,
reforçando os seguintes aspectos:
1- Barrar o impeachment com
articulação qualificada e confiável junto a base aliada no Congresso;
2- Junto com a ida de Lula o
governo deve lançar um conjunto de medidas, que inicialmente não dependa do
Congresso, para aumentar a capacidade de arrecadação do governo. Com isso restabelecer sua capacidade de investimento,
geração de empregos, além da manutenção dos programas sociais em benefício da
população mais pobre, base de sustentação do projeto liderado pelos governos
petistas.
3- Restabelecer as relações internacionais
em busca de apoio político e de novos investidores.
Por fim podemos concluir que o
jogo está sendo jogado e que estas medidas alteram o cronograma e as
estratégias até então pensadas pelo tríplex, Moro, Globo e oposição. No entanto
não se esperar trégua de nenhuma das partes neste momento.
Termos três campos de batalha de
grande proporção:
a) - Congresso Nacional.
b) - Judiciário.
c) - Mobilizações sociais. Sendo
que está última desperta expectativas da capacidade da Frente Brasil Popular de
colocar gente na rua, nos municípios dia 18 de Março e em Brasília no dia 31 de
Março. Agora é a hora da resposta as mobilizações dos adversários do projeto do
governo Dilma do PT e do Líder Popular, Luís Inácio Lula da Silva.
DEPUTADO ESTADUAL
AIRTON FALEIRO – PT/PA
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