terça-feira, 11 de novembro de 2014

COMANDANTE DE EMBARCAÇÃO NÃO ESTAVA HABILITADO

A Polícia Civil segue com as investigações do acidente que danificou os três pilares da ponte que passa sobre o rio Moju, ocorrido na noite de domingo (9), no rio Moju, nordeste paraense. Segundo dados do boletim de ocorrência, um empurrador que conduzia duas balsas com toras de madeira colidiu com três pilares da ponte por volta das 19h30. O Grupamento Fluvial do Sistema Integrado de Segurança Pública do Estado foi até o local do acidente e acionou a delegacia do município.
“Assim que chegamos ao local, verificamos que o comandante da embarcação não estava habilitado para conduzir o veículo. A partir dessa constatação, fizemos a prisão em flagrante e conduzimos o responsável até a unidade policial da cidade, onde ele foi atuado pelo crime de atentado à segurança contra transporte marítimo, previsto no artigo 261 do Código Penal”, explicou o delegado Igor Honorato, diretor da Unidade Integrada Pro Paz de Moju.
Segundo o delegado, o comandante Sebastião de Souza Dias estava há menos de um mês na função e ainda apresentava uma falsa carteira de habilitação. “Como o próprio Sebastião afirmou no inquérito, ele não tinha experiência em condução de balsas. A experiência dele era apenas com pequenas embarcações. Fato que mostra o risco que ele assumiu ao decidir conduzir a embarcação de grande porte e navegar pelos vãos da ponte”, ressaltou Honorato.
De acordo com o superintendente da Polícia Civil do Baixo Tocantins, Fernando Bezerra Lima, a embarcação irregular tinha ainda três tripulantes, que também foram ouvidos no inquérito. A balsa foi apreendida pela Marinha do Brasil e está atracada em um porto de Moju, aguardando o resultado das investigações.
“Além da embarcação apreendida, a carga de madeira também será avaliada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e caso seja constatado alguma irregularidade no produto, as acusações contra o comandante podem aumentar ainda mais”, afirmou Lima.
A delegacia do Moju continua as investigações para identificar o proprietário da embarcação, também responsável pelo acidente, que deve responder em inquérito policial por entregar a condução do veículo à pessoa não habilitada.
Acompanhamento – Na manhã de hoje, homens do Corpo de Bombeiros e técnicos do Centro de Perícias Cientificas Renato Chaves estiveram no local para verificar os danos causados com o acidente. Segundo a perita Socorro Raiol, a previsão do laudo é de 30 dias. “O nosso trabalho é avaliar os impactos desse acidente na estrutura da ponte e a partir daí, dar um diagnostico sobre os danos causados com a colisão”, explicou a perita.
A empresa contratada para realizar serviço de reconstrução de outro trecho da ponte,danificado após acidente em março deste ano, também vai entregar um laudo técnico com informações sobre os danos causados na estrutura da ponte com o novo impacto. O laudo irá indicar o plano de reconstrução a ser executado no pilar atingido no domingo, que deverá ocorrer paralelamente ao trabalho que já está em andamento.
Apesar dos danos, os trabalhos de reconstrução de outro trecho da ponte, que caiu com a colisão de uma balsa em março deste ano, não foram afetados. Em nota, a Secretaria de Estado de Transportes (Setran) afirmou que no momento do acidente não estava sendo executado nenhum serviço no local. A respeito da continuação ou não dos trabalhos no canteiros de obras montado ao lado da ponte, a Setran informou que aguarda o relatório da perícia para saber se o acidente compromete ou não os serviços de reconstrução da ponte.
(DOL com informações da Agência Pará)

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