O buraco
engolindo uma cidade.
Não dá
para entender como nos dias atuais, com tantos equipamentos e
maquinários modernos, a Prefeitura de Belém e a Cosanpa, não
conseguem avançar nas obras de recuperação da adutora de água que
rompeu, no sábado passado, provocando uma enorme erosão do
terreno na Av. Almirante Barroso, cujo resultado reflete no caos do
transporte urbano em toda a RMB.
No mesmo
dia, Sesan e Cosanpa iniciaram as obras da adutora prometendo que
em quatro dias tudo estaria resolvido. Estamos na quarta-feira e o
buraco só fez aumentar, em decorrência das fortes chuvas que caem
nas tardes de Belém o próprio
jornal O LIBERAL, reconhece, em manchete, que as obras estão sem
previsão para finalizar e o tráfego continuará com
congestionamentos de duas horas ou mais, complicando a vida de
milhares de pessoas que utilizam a Almirante Barroso.
Atrasos
no horário do trabalho, das escolas, dos compromissos agendados,
essa é a triste realidade da população da RMB independente da
classe social. " Aqui sofre o rico e sofre o pobre",
declara a
doméstica
Keyla Costa, que trabalha no bairro Batista Campos e mora na Cidade
Nova.
A verdade
é que o poder público não está preparado para solucionar
situações simples como essa, que se avolumam no período de chuvas
com um solo argiloso e fraco como o nosso.
Mas
estava certo que as chuvas voltariam a cair nos dias posteriores e
nada foi feito para evitar que esse volume de água voltasse a
inundar a cratera, atrasando ainda mais as obras. Um sistema de
contenção não resolveria o problema ? A Holanda está situada
abaixo do nível do mar e
nem por isso o país vive com água pelas ruas e calçadas.
O que se
nota é o sucateamento de equipamentos dos órgãos encarregados de
zelar pela cidade, o despreparado na realização de obras urbanas,
que deixam buracos na ruas, asfaltos de segunda, o avanço dos
edifícios sobre a orla da cidade, como vem denunciando diversos
movimentos sociais, praças mal cuidadas, passarelas relegadas ao
abandono, enfim, triste Belém, que em breve vai festejar 400 anos,
com seu maior símbolo, as mangueiras centenárias, morrendo a cada
dia e vendo as
ervas de passarinho sorverem toda a sua energia.
Deputado Airon Faleiro
30/04/14
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