quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

ESCOLA DE SANTARÉM SOFRE COM "REFORMA FALSEADA"




A visita do governador do Estado, Simão Jatene, a Santarém, na última quinta-feira, para, entre outros compromissos, entregar a reforma da escola Rio Tapajós, continua repercutindo. Um vídeo amador foi produzido durante uma reunião entre Jatene e professores da escola, após a cerimônia de inauguração, quando o governo foi alvo de críticas feitas por três alunas, que classificaram a obra como “maquiagem”.

No vídeo, Jatene afirma que as obras da quadra têm que ser conquistadas pelos alunos e insiste em acusar os alunos de vandalismo. Segundo ele, os alunos não zelam pela escola e isso dificulta maiores investimentos, pois o governo acaba gastando com a manutenção de cadeiras, como exemplificou.

O diretor Aluízio Bentes informou que aproveitou para esclarecer que a direção se preocupa em zelar pela escola. “Eu pedi para falar e disse que nós temos um pacto, nós trabalhamos de manhã, à tarde e à noite zelando pela escola. Nós, enquanto equipe gestora, procuramos fazer um trabalho de conscientização com os alunos para que eles possam zelar pelo patrimônio que é da comunidade”.

Crítica

Aluízio disse que concorda com a crítica feita pelas estudantes, além de discordar das acusações de Jatene contra os alunos. “Pelo menos ele viu a reforma da escola e conheceu o olhar de quem está presente no dia a dia, né? Eu acredito que a crítica das alunas pode contribuir no sentido de fazer o governo e a sua assessoria repensarem questões como a fiscalização de obras mais próxima da Seduc e dos órgãos”.

O diretor afirma que o sistema como um todo merece mais atenção. “É imprescindível que haja mais investimento, não só na escola Rio Tapajós, mas na educação como um todo”.

Com relação à obra de cobertura da quadra esportiva da escola, que, segundo o portal da transparência, teve pagamento efetuado dia 7 de novembro deste ano, o diretor afirma que recebeu visita de duas pessoas que confirmaram o início da obra, mas isso não aconteceu. “Eles se apresentaram dia 3 de outubro, dia em que a escola completou 15 anos de fundação, e afirmaram que as obras iniciariam no máximo até o dia 20 daquele mês”.

O professor Ormano Sousa, defende que não houve interesse dos alunos e professores em tornar o fato uma manifestação política, do ponto de vista partidário. “Elas manifestaram o descontentamento geral e nós, enquanto professores, endossamos, porque o que nós vimos foi uma reforma falseada, como as alunas disseram”. O governo divulgou que foram gastos R$ 700 mil para melhoria do forro, fiação elétrica, pintura, iluminação, calçadas e jardinagem da escola Rio Tapajós.

Jorge Vidal
Assessoria de Comunicação via Diário do Pará

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