Peixes apareceram boiando mortos nos lagos da praça Batista Campos nos últimos dois dias. Segundo trabalhadores do local, a situação não é nova e se agravou. A causa estaria em uma pane nas bombas hidráulicas que trocam a água dos lagos, resultando no acúmulo de sujeira e na falta de oxigênio para os peixes.
O pipoqueiro Lionemerson da Cruz, de 41 anos, confirmou: "É falta de oxigênio na água. Morreu um monte de peixe que encheu um saco daqueles grandes de lixo. De vez em quando morrem peixes, mas não como de ontem para hoje". Segundo ele, a praça possui dois poços de água, mas nenhum está sendo utilizado. "Os dois poços estão desativados. A bomba danificou há uns quatro meses e até agora nada", disse o pipoqueiro.
No local, placas da prefeitura de Belém estão afixadas no coreto informando sobre a nova iluminação da praça para o Natal, no entanto a população reclama maiores cuidados com o meio ambiente. O vendedor de bombons José Marques Pantoja já trabalha há 30 anos na praça e contou que neste ano a água dos lagos não foi trocada nem uma única vez. "Tem muito peixe morrendo nos lagos. Quando é meio-dia bate o sol forte e vem aquele fedor da água", afirmou.
O vendedor disse que garças também aparecem mortas nos gramados do logradouro. "Esta não é a primeira vez que isso ocorre. Esse água de mês em mês deveria ser trocada", completou.
"Quando tinha poço até a gente bebia água daí. A água era boa", disse o pipoqueiro Lionemerson. Outros casos de animais mortos já foram noticiados na praça. Na edição do dia 15 de março deste ano foi divulgada a mortandade de garças que habitam na praça. No ano passado, no dia 29 de junho também foram registradas mortes. Na ocasião a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) prometeu investigar os casos.
Semma - Em nota, a Semma prometeu que uma nova bomba de oxigenação será instalada no lago da praça Batista Campos em 72h. Além disso, informou também que existe uma superpopulação de peixes no lago e, caso o animal seja próprio para o consumo humano, alguns cardumes serão doados para instituições de caridade. Portanto, uma amostra será encaminhada para o laboratório da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) para que seja realizada análise da espécie.
Assessoria de Comunicação via Portal ORM
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