Por assessoria
O deputado estadual Aírton Faleiro, protocolou na manhã desta terça-feira, 28, na Assembléia Legislativa, requerimento solicitando que esta Casa envie votos de aplausos e congratulações à prefeita de Santarém, maria do Carmo Martins e ao Ministério Público do Estado do Pará pela revitalização do Theatro Victória, o qual é patrimônio cultural do município.
Presente ao ato de reinauguração do Theatro Victória, ocorrido na última sexta, dia 24, Faleiro se sentiu honrando em participar de um momento tão importante para o município de Santarém e também para todo o estado, dado a relevância histórica deste espaço cultural.
HISTÓRICO - A pedra fundamental da obra do Theatro Victória foi lançada em 5 de maio de 1895, pelos integrantes do Clube Dramático Santareno, presidido por Turiano Meira Vasconcellos e fundado cerca de três meses antes. Compunham o clube Alexandre Sussuarana, Antônio Braga, Elias Cohen e outros. O teatro foi erguido sem dinheiro público, com os recursos arrecadados pelos membros do clube. A obra foi concluída em treze meses e 23 dias, ao custo de 40 contos de réis.
O autor do projeto foi o engenheiro francês Maurice Blaise, que planejou todos os detalhes do prédio, com lotação para 500 lugares. A inauguração ocorreu em 28 de junho de 1896. O ato solene foi prestigiado por cerca de 600 pessoas, e de acordo com Wilson Fonseca, “foi, sem dúvida, o maior acontecimento daquele final do século XIX”, contendo uma vasta programação de inauguração, que incluía um espetáculo de gala em três atos, feito pelos atores do Club Dramático Santareno, e apresentação de orquestra. Durante o dia duas bandas de música percorreram as ruas da cidade, executando peças musicais. O prédio foi aberto para visita do público até as 4 da tarde, e duas bandas se revezavam em apresentações. À noite aconteceu o espetáculo, com ingressos vendidos ao público.
Ao longo de sua história o teatro passou por reformas que acabaram por descaracterizar completamente os traços originais. Em 1917, na administração do intendente Oscar Barreto, foi reformado e ganhou novo mobiliário. Em 1925 e 1933, nas administrações de Joaquim Braga e Ildefonso Almeida, o teatro foi novamente restaurado, sem sofrer alterações na arquitetura.
A águia de cobre “pousada” no centro da platibanda da fachada não foi oriunda da construção original, mas sim ali colocada na reforma do ano de 1933, em substituição a dois ornamentos de louça portuguesa que ali existiam. A águia foi idealizada por Manoel Maria de Macedo Gentil, conhecido como “Xixito”, e confeccionada pelo artífice José Pinto.
Quando de sua utilização como teatro, inúmeros espetáculos, conferências, e programações especiais foram promovidas, até 1965, quando uma grande reforma foi realizada, sob a alegação de más condições, e o prédio foi descaracterizado de seus traços originais. A partir daí, passou a ser utilizado para outros fins, como Câmara Municipal e Secretaria Municipal de Educação. Serviu ainda de local para ensaios da orquestra Filarmônica de Santarém. (Com informações retiradas da obra “Meu Baú Mocorongo”, de Wilson Fonseca)
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