Quando se comete um erro político ele tem
preço político e afetava sociedade. Digo isso por que acredito que o governo Jatene
errou feio neste assunto: 1- mandou o projeto de lei na hora errada, poderia ter
mandado para a Assembleia Legislativa no ano passado e não em ano eleitoral; 2-
mandar projeto de lei contemplando apenas um segmento (os oficiais) e deixando
de fora os praças; 3- forçar sua base na Assembleia Legislativa a votar o PL sem a inclusão das demandas dos praças por meio
de emenda vinda do executivo.
Penso
que essa sucessão de erros trouxe alguns prejuízos que me arrisco enumera-los:
1)- como afirmei na reunião de negociação na Alepa (ver jornal o Liberal do dia
27/03/14) que ao continuar insistindo em votar sem incluir os praças criaria um
situação de instabilidade na segurança pública, no estado e uma crise
institucional. Não deu outra, os oficiais e os praças entram em confronto entre
si, cada um defendendo o seu direito. Credito ao governo a responsabilidade por
esse conflito por não ter contemplado o conjunto da corporação. Não se sentindo
contemplados os praças foram as ruas e isso consolidou o que falamos
anteriormente, pois se instalou clima de instabilidade na segurança pública do
estado; 2)- o governo teve que ceder as pressões e acatar as reivindicações dos
praças depois de passar por irreparável desgaste político, que certamente terá
reflexos nas eleições deste ano; 3)- a sociedade teve o prejuízo de não contar
com os serviços de segurança, de forma mais eficaz durante o período de crise e
a bandidagem se sentiu mais a vontade para agir contra uma população indefesa; 4)-
os parlamentares da base governista passaram por desgaste político ao votarem o
PL sem incluir emendas do executivo, atendendo as demandas dos praças.
Conclusão
serve para todos nós, que às vezes somos oposição e outras vezes somos governo,
que ouvir a voz das ruas é recomendável e ouvir a voz da oposição nem sempre
está errado. Lamento que tenhamos passado por tudo isso, pois no fundo todos
perdemos, com desgastes, tanto do executivo quanto do legislativo.
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